Ultrapassei a marca de 400 mil
acessos ao meu blog.
Eu acho muito expressivo, ainda
que não tenha essencialmente alterado em nada a minha vida e, o melhor, nada a
vida de nenhum daqueles que se debruçaram sobre os meus escritos.
Isso me dá um pouco de egosplazia.
Não me perguntem o que vem a ser egosplazia, porque é algo que me ocorreu agora
e expressa o que sinto, às vezes, quando acesso a minha página e leio certos comentários.
Sofro, desde a infância, da
necessidade de palco e acho que, também por isto, perdi tanto tempo meu e dos
leitores que me acessam aqui no FB e mesmo no blog.
Nesta altura da vida não vejo a
menor possibilidade de me libertar desta carência sindromática de loas, e vou
ficar muito triste quando, esfriando da vida, não ver amigos, mesmo que parte
deles virtuais, jogando flores sobre minha tumba.
E gostaria muito, também neste
evento, de ouvir um ou outro dizer: “Era um idiota, mas pelo menos
sabia disto”.
Minha idiotia não aconteceu por
um acaso de nascença, não veio embarcada no DNA, não é herança maldita nem
materna e muito menos paterna. Minha idiotia foi elaborada asneira por asneira,
tolice por tolice, devaneio por devaneio, delírio por delírio.
Nem eu mesmo teria saco para
reler os 1373 posts para comprovar isto. Aliás, o simples fato de fazer uma
proposta desta me qualifica no rol dos idiotas mais distintos.
É claro que alguns posts, poucos
é verdade, devem ser excluídos da pecha de terem sido escritos por um idiota,
mas por um Zé Ruela de meia tigela. Incluiria nestes aqueles que escrevi para
meus netos antes de nascerem. Para Liz principalmente, pois, por ter sido a
primeira neta, foi a maior vítima de minha zerruelize.
Marcados por uma idiotia
cavalar, todos, foram os posts sobre política. Estes foram aqueles que mais eu primei.
Juro que me lembro do sentimento que experimentei logo após editá-los. E ainda
me surpreendo como eu pude tantas vezes retornar ao tema, embora, não fosse
assim, eu não poderia ser considerado de fato um tremendo idiota.
Aqueles posts em que fiz crítica
a filmes, peças de teatro, músicas não posso dizer que entrariam no rol, foram
na verdade espasmos intelectualóides de quinta catiguria. Não são propriamente
nem idiotas e nem zerruélicos.
Contos e/ou crônicas do
cotidiano? Putz! Esqueçam.
Mas sabem o que mais me
credencia como um perfeito idiota?
É a insistência em sê-lo.