“Os fins justificam os meios.”
(Maquiavel)
Não há síntese melhor para dar
conta do que se passa, e há décadas, no Brasil.
Cangaço Novo, a série em cartaz
pelo Prime Vídeo, atualiza, para os tempos que correm, esta dramática
realidade.
Na real, o país investiga as
práticas do juiz justiceiro que, independentemente de métodos e processos,
perseguiu o libertador dos menos favorecidos que pilhou cofres públicos para
transferir os recursos aos seus projetos de poder.
No filme, um deserdado da
sorte com linhagem nordestina, retorna à terra natal para, com as próprias
mãos, fazer justiça.
Na ficção o produto dos
assaltos, na fala dos próprios justiceiros, é dos bancos, então podem sem
roubados e transferidos para o povo.
Na real, não. E a gente sabe
de quem.
Cangaço Novo além de servir
para a gente se escandalizar com o óbvio, como queria Nelson Rodrigues, é uma
excelente produção cinematográfica, com atores muito bem escolhidos, trama intensa
em situações simultâneas, violência sem exageros e, pasmem, sem cenas de nudez
e sexo gratuitas.
É só a primeira temporada da
série.
Na real, ainda há mais de 1000
criminosos para serem julgados, pela cangaçada do 8 de janeiro. “Xandão neles!”
grita o Zé Povinho.
"Não se pode justificar
uma ação má com boa intenção. O fim não justifica os meios.” (Catecismo da
Igreja Católica)
Pois é.
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