A história não é uma anedota
com lições de moral.
A explicação real para a
disfunção de Israel é o populismo, não alguma suposta imoralidade. Por muitos
anos, o país tem sido governado por um homem-forte populista, Binyamin
Netanyahu, que é um gênio das relações públicas, mas um primeiro-ministro
incompetente. Ele deu preferência repetidamente aos seus interesses pessoais em
detrimento do interesse nacional e construiu sua carreira dividindo a nação e
fazendo-a voltar-se contra si mesma. Ele nomeou pessoas para ocupar posições
importantes com base mais em lealdade do que em qualificação, assumiu o crédito
por todos os sucessos, mas nunca admitiu responsabilidade por fracassos e
pareceu dar pouca importância tanto em falar quanto em escutar a verdade.
Não importa o que
alguém possa pensar a respeito de Israel e do conflito israelo-palestino, a
maneira que o populismo corroeu o Estado de Israel deveria servir de alerta
para outras democracias de todo o mundo.
Yuval Noah
Harari em artigo para o
Washington Post, publicado no Estadão em 12/10: O horror do Hamas é uma lição a
respeito do preço do populismo.
Pois
é.
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