Todos com 23 anos ou mais de
idade devem considerar-se privilegiados.
Cruzamos uma década, um século,
um milênio. Somente daqui a 977 anos, se houver ainda, a espécie experimentará
novamente viver essa “virada”.
Pois é.
Como diz Tin: “Nada a ver.”, quando
algo não tem tanta importância.
Ocorre que, contrariando meu
netinho, eu acho que deveríamos dar alguma atenção.
Há evidências imensas,
variadas e contundentes que, se não estamos no limiar, estamos próximos de ter
que fazer escolhas fundamentais para o futuro que queremos como espécie.
Clima, distribuição da
riqueza, migração e emigração, geopolítica, energia, água e, sobretudo,
relações.
Neste último campo somos
primatas, quase. Basta acompanhar o cotidiano noticiado, ou olhar para o lado.
Ou para si.
Algumas relações, quase sempre,
sobrevivem em circunstâncias dramáticas ou por conveniências toleráveis.
Das quase cem guerras
declaradas espalhadas pelo mundo, uma com potencial nuclear, daquele casal ali,
daquela família, daquela equipe, condomínio, cidadãos, de mim e de você. De nós.
Todos.
Na onda que temos surfado não
vamos mais precisar de inteligência cognitiva embarcada em neurônios. “Inteligência”
estará à nossa disposição nas nuvens, por um clic, uma voz, uma íris, um calor de
alguma parte do corpo.
Tudo será possível saber e
obter com acessibilidade, portabilidade e instantaneidade.
Menos como viver com o outro.
“Nada a ver, vovô.”
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