“Por trás do legalismo como ideologia, se escondem interesses pessoais e uma aristocratização que a burocracia estatal reforça e mantém, o que nos faz pensar que a dominação burocrática, como diria Weber, não englobou a dominação carismática nem a patrimonialista, ou seja, o personalismo continua sendo mais legal no Brasil do que a lei que vale para todos da democracia.”
(Roberto DaMatta,
em Tá Tudo legal, crônica de hoje no Estadão).
- E aí?
- Aí o quê?
- Tudo bem?
- Não sei.
- Como não sabe?
- Não sabendo.
- Você é de
esquerda ou de direita?
- Como assim?
- Você é de
esquerda ou de direita, ora?
- Eu chuto bola
com a esquerda e como com a direita...
- Estou
perguntando politicamente...
- Adoro política.
- Mas de esquerda
ou de direita?
- Não sei.
- Como você se
define?
- Não sei.
- Sabe que todo
mundo tem que se posicionar?
- É?
- A omissão
atrapalha a democracia...
- Tendi.
- Então?
- Então o quê?
- Você é de esquerda
ou de direita, pombas?
- Pombas?
- Nojento!
- Eu?
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