sexta-feira, 28 de abril de 2023

LUGAR

 



Adoráveis meus amigos do Facebook. Não sei o que seria da minha vidinha sem eles. A demonstração está em alguns comentários com que me brindam. Os daqui não o fazem.

No último post, quando postei sobre jazigos e imortalidade, recebi:

- Agulhô querido, verve você tem de sobra. Seus textos são puro encanto e baita sensibilidade.

- Tenho certeza de que você vai direto para o céu...

- Meu voto é seu.

 

Lembrei-me de Aprendiz de Liberdade, um texto delicioso de um amigo adorável, de lá do FB também, o Chico Daudt (ele não me dá liberdade para tratá-lo assim).

Ele escreve no Capítulo A INSTITUIÇÃO que Machado de Assis adorava a esposa e, por força disso, teria prometido amá-la até na outra vida.

Ela morre primeiro do que ele. Há um poema de Machado: “Querida aos pés do leito derradeiro que descansas desta amarga lida venho e virei pobre querida trazer-te o coração de companheiro.”.

E assim ele fez. Ia todos os dias, às tardes, visitar o túmulo de sua esposa. Antes de falecer pediu encarecidamente que fosse enterrado junto a ela. Faleceu e assim foi feito. Anos mais tarde a Academia Brasileira de Letras, por decisão dos imortais, deliberou que o corpo de Machado fosse exumado e seus restos colocados no mausoléu da Academia.

Chico conclui seu capítulo: “Isto é uma instituição.”

Não falei publicamente com minha família, esta instituição, mas há um lugar onde eu gostaria de permanecer.

Inclusive vivo.



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