Adoráveis meus amigos do Facebook. Não sei o que seria da minha vidinha sem eles. A demonstração está em alguns comentários com que me brindam. Os daqui não o fazem.
No último post, quando postei
sobre jazigos e imortalidade, recebi:
- Agulhô querido, verve você
tem de sobra. Seus textos são puro encanto e baita sensibilidade.
- Tenho certeza de que você
vai direto para o céu...
- Meu voto é seu.
Lembrei-me de Aprendiz de
Liberdade, um texto delicioso de um amigo adorável, de lá do FB também, o Chico Daudt
(ele não me dá liberdade para tratá-lo assim).
Ele escreve no Capítulo A
INSTITUIÇÃO que Machado de Assis adorava a esposa e, por força disso, teria
prometido amá-la até na outra vida.
Ela morre primeiro do que ele.
Há um poema de Machado: “Querida aos pés do leito derradeiro que descansas
desta amarga lida venho e virei pobre querida trazer-te o coração de
companheiro.”.
E assim ele fez. Ia todos os
dias, às tardes, visitar o túmulo de sua esposa. Antes de falecer pediu encarecidamente
que fosse enterrado junto a ela. Faleceu e assim foi feito. Anos mais tarde a
Academia Brasileira de Letras, por decisão dos imortais, deliberou que o corpo
de Machado fosse exumado e seus restos colocados no mausoléu da Academia.
Chico conclui seu capítulo: “Isto
é uma instituição.”
Não falei publicamente com
minha família, esta instituição, mas há um lugar onde eu gostaria de
permanecer.
Inclusive vivo.