quarta-feira, 8 de novembro de 2023
BESTIAL
quinta-feira, 2 de novembro de 2023
VIVER
Amanheci vivo em mais um Dia
dos Mortos e me pergunto: o que faço deste dia além de uma reverência àqueles
que se foram levando neles a parcela original que em mim permanece?
Sim, eu sou ainda feito dos
meus mortos, que impregnaram marcas indeléveis, tatuadas em meu espírito e em
meu corpo. Eu sou o legado de tantos de quem absorvi e, além, sigo buscando
aquilo, que em mim, ainda quero vivo.
Estou animado? Retiro da
palavra o seu radical que grita: Ânima. Alma, energia.
O que está insepulto clamando para
que eu deixe ir? Mágoas, ressentimentos, decepções, amores frustrados, ainda que
eu próprio não admita: ódio.
E o que em medida maior, está
vivo em mim, que ainda me faz buscar o sol, a luz, o tempo?
Quais lutas, pelejas, proponho
ainda empreender? O que quero ainda fazer? A nova casinha dos netos? Editar
meus textos? Trocar aquela torneira, que insiste em vazar, uma água tão pouca?
Não deixar a vida fluir como
se não fizesse sentido e abrir mão daquilo que me deixaram para que eu perpetuasse.
Os jardins de minha mãe, as
obras brutas de meu pai, a candura de minha avó materna, o afeto infantil de
meu sogro, e tudo daqueles que ainda esperam de mim que a melhor parte deles
pro siga.
Eu tenho uma imensa
responsabilidade para com os meus mortos por estar vivo. Não quero abdicar
dela, esperando que aqueles que de mim descendem e daqueles que porventura
marquei, quando eu for, encontrem algum motivo para que a cada 02 de novembro
me reverenciem.
A Vida precisa seguir o seu
curso.
quarta-feira, 18 de outubro de 2023
GODNEWS
O desastre climático
explicita-se. No Amazonas o rio faz jus ao seu nome. Enegrece. Seca.
Em São Paulo foram roubados 21
armamentos de guerra do exército.
Também em São Paulo, dois cães
da irmã de Ministro do STF foram atacados por um homem que já foi indiciado por
lesão corporal grave. A polícia está no encalço.
No Rio de Janeiro, acho, Cristina
Mortágua, capa da Revista Playboy de 1982 declarou à imprensa estar vivendo
penúria financeira: “Minha situação está insustentável.”.
CPI ou será CPMI, conclui
relatório e propõe cadeia para o ex-presidente da República. Tem sido assim nas
últimas décadas.
Seleção brasileira sofre a
primeira derrota para o Uruguai em 22 anos.
Lucas Lima comenta amizade com
Sandy depois de separação.
Tin joga hoje à noite a
segunda partida do campeonato regional de SC. Liz faz amanhã apresentação no
teatro do CIC-SC de Street Dance.
Estima-se em 500 o número de
mortos na explosão de um hospital em Gaza.
Ontem ameacei ou decidi deixar
esta plataforma pela enésima vez.
Minha hipocrisia é repugnante.
terça-feira, 17 de outubro de 2023
RUÍNA
Se vivêssemos um tempo de memória,
nossas retinas estariam fadigadas de tantas tragédias e nossos corações não
verteriam mais lágrimas. Segundo o site Wikipédia estão ativos hoje quase
cinquenta conflitos bélicos em diversos continentes que mataram milhões de
pessoas e continuam matando indiscriminadamente.
Ao perder nossa memória estamos
expostos às notícias da semana, ou do mês, e esquecê-las diante de um próximo
conflito que toda certeza explodirá.
Vivemos um declínio civilizatório
vertiginoso.
Optei por enlouquecer em minha
redoma, para não morrer de tanta tristeza. Ocorre que não acho honesto de minha
parte continuar compartilhando a dinâmica do cotidiano da minha alienação
assumida.
Extenuado de tanto refletir
saídas no reduto da minha individualidade, sou obrigado a reconhecer que não existem,
no plano da racionalidade, ações objetivas que possam contribuir para,
minimamente, atenuar a tragédia pela qual estamos atravessando.
Vou poupá-los deste meu penar.
Faço o meu abandono desta
página.
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
TERROR
A sociedade não pode mais querer
punir o criminoso e não tratar das circunstâncias que podem estar fomentando e
amplificando crimes.
O terror é a miséria, o descaso, a desesperança, o abandono, a ignorância, a falta de perspectiva.
O terror é a ausência de futuro.
Nosso conformismo tem nos levados aos culpados para não nos fazer tratar das culpas, pois é muito mais fácil. Com a prisão ou a dizimação de criminosos repara-se o crime, embora permaneçam as circunstâncias.
A vigilância da mídia e o espaço urbano big brother facilitam a existência da Cidade Alerta. Onde houver um crime, serão flagrados os criminosos, identificados, presos e lançados ao hediondo mundo do nosso equívoco.
O cientista político Francis Fukuyama observa que toda política se tornou identitária. O debate de ideias movido a reflexão foi substituído por um jogo de signos que exibimos nas redes. Este jogo não tolera ambiguidades, sutilezas.
A identidade é étnica, é política, é cultural e vem com um conjunto de opiniões estritas. Ou pensa exatamente aquilo, ou não pertence ao grupo. Mais: é contra o grupo.
Só que a internet e, portanto, a política corrente, não tolera aquilo que complica. O ruído identitário quer calar a reflexão da qual o mundo precisa como nunca.
Ações em represália ao ato terrorista, intrinsecamente, resultam em uma amplificação do ato em si e convertem-se em combustível propagador da estratégia para desencadear mais terror.
A morte social é o terror.
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
ALERTA
A história não é uma anedota
com lições de moral.
A explicação real para a
disfunção de Israel é o populismo, não alguma suposta imoralidade. Por muitos
anos, o país tem sido governado por um homem-forte populista, Binyamin
Netanyahu, que é um gênio das relações públicas, mas um primeiro-ministro
incompetente. Ele deu preferência repetidamente aos seus interesses pessoais em
detrimento do interesse nacional e construiu sua carreira dividindo a nação e
fazendo-a voltar-se contra si mesma. Ele nomeou pessoas para ocupar posições
importantes com base mais em lealdade do que em qualificação, assumiu o crédito
por todos os sucessos, mas nunca admitiu responsabilidade por fracassos e
pareceu dar pouca importância tanto em falar quanto em escutar a verdade.
Não importa o que
alguém possa pensar a respeito de Israel e do conflito israelo-palestino, a
maneira que o populismo corroeu o Estado de Israel deveria servir de alerta
para outras democracias de todo o mundo.
Yuval Noah
Harari em artigo para o
Washington Post, publicado no Estadão em 12/10: O horror do Hamas é uma lição a
respeito do preço do populismo.
Pois
é.
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
CINZAS
Desde os
primórdios da civilização até o momento, 7% dos produtores de conhecimentos
estão mortos, o que significa dizer que 93% estão vivos e produzindo
conhecimento agora. É lamentável que com tantos saberes, agora em crescimento
exponencial, nós não consigamos mitigar ou eliminar as razões que levam à
alguns movimentos tão perversos, como mais este iniciado no final de semana.
Como se
não bastasse, no filme SOM DA LIBERDADE, o protagonista diz: "Um pipelote
de pó é consumido em poucos segundos, mas uma menina de seis anos faz cinco
programas por noite até os 13 anos." Ele comparava qual tráfico é mais rentável:
o de drogas ou o de crianças para a pedofilia. É devastador.
Tenho
dúvidas se vivemos em um mundo de fato civilizado. Ressinto-me da minha
impotência diante destes fatos justificando a minha alienação dentro de uma
redoma colorida.
Às vezes, tenho imensa vergonha de me sentir em paz.
terça-feira, 3 de outubro de 2023
CA(A)TINGA
“Os fins justificam os meios.”
(Maquiavel)
Não há síntese melhor para dar
conta do que se passa, e há décadas, no Brasil.
Cangaço Novo, a série em cartaz
pelo Prime Vídeo, atualiza, para os tempos que correm, esta dramática
realidade.
Na real, o país investiga as
práticas do juiz justiceiro que, independentemente de métodos e processos,
perseguiu o libertador dos menos favorecidos que pilhou cofres públicos para
transferir os recursos aos seus projetos de poder.
No filme, um deserdado da
sorte com linhagem nordestina, retorna à terra natal para, com as próprias
mãos, fazer justiça.
Na ficção o produto dos
assaltos, na fala dos próprios justiceiros, é dos bancos, então podem sem
roubados e transferidos para o povo.
Na real, não. E a gente sabe
de quem.
Cangaço Novo além de servir
para a gente se escandalizar com o óbvio, como queria Nelson Rodrigues, é uma
excelente produção cinematográfica, com atores muito bem escolhidos, trama intensa
em situações simultâneas, violência sem exageros e, pasmem, sem cenas de nudez
e sexo gratuitas.
É só a primeira temporada da
série.
Na real, ainda há mais de 1000
criminosos para serem julgados, pela cangaçada do 8 de janeiro. “Xandão neles!”
grita o Zé Povinho.
"Não se pode justificar
uma ação má com boa intenção. O fim não justifica os meios.” (Catecismo da
Igreja Católica)
Pois é.
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
KAIPAY.
Estivemos em Cuzco, Peru, em 2011. Hospedamo-nos no
Hotel Monastério adquirido em 1999 pela Orient Express. Construído em 1595
sobre o Palácio do Inca Aman Qhala e fundado em 1598 como o Seminário de San
Antônio Abad com o fim de formar sacerdotes católicos. Em 1692 tornou-se a Real
Universidad Catolica, voltando a ser Seminário em 1816. Em 1965 foi restaurado
por força de um terremoto ocorrido em 1950. Na década de 70 foi remodelado para
converter-se em hotel. Uma maravilha!
Cuzco, em quéchua (idioma Inca), é COOSCO que
significa centro do mundo. A cidade é localizada no centro das quatro regiões
em que se dividia o Império Inca, a 3.350m de altitude e declarada Patrimônio
da Humanidade pela Unesco em 1984.
Visitamos QORIKANCHA, templo maior do Império,
reverência ao Deus Sol. Foi construído pelos Incas em 1423 com pedras buscadas,
no braço, a 7 km de distância. Quando os espanhóis chegaram a Cuzco em 1532 e
viram o conjunto de obras, entre elas Qorikancha, repletas de ouro,
consideraram-nas como sendo obras do diabo, já que para eles os incas seriam
animais desprovidos de conhecimento e sentimento. Pobres colonizadores.
Fomos a SAQSAYHUAMÁN. Um imenso parque
arqueológico. Os Incas plantaram ali o monumento ao Deus Raio, e reverenciaram
as lhamas e os pumas, animais símbolos da cultura, assim como o condor (Machu
Picchu). A construção com perto de 700 metros de extensão em forma de zig zag
(lembrando a descarga elétrica produzida por um raio) de dois platôs de quatro
metros de altura construído com blocos imensos de pedra trazidos de jazida a 14
km de distância pensando até 120 toneladas, cada bloco. INACREDITÁVEL! O encaixe
dos blocos foram milimetricamente estudados e as pedras polidas. Há duas
composições na parede inferior: uma pata do puma e outra o corpo da lhama,
dentro da composição de blocos cuidadosamente colocados uns sobre os outros.
Fomos conhecer a Catedral de Cuzco. No geral ela
não difere de outras tantas, mas há um particular: o sincretismo religioso,
isto é, a convivência entre as duas culturas, Inca e espanhola. Os espanhóis
tiveram que ceder muito aos operários e artistas nativos. A pregação católica
colocou para os Incas que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Os
quadros pintados e fixados nas paredes têm cavalos com corpos de lhamas e um
Cristo de baixa estatura com as pernas cambotas e arqueadas, como as dos Incas.
No suporte dos braços dos tronos do coral central, os “índios” artistas
escandalizaram os espanhóis com as esculturas de mulheres com os seios desnudos
e o ventre proeminente (deusa Terra).
A provocação maior está no quadro que retrata a
Santa Ceia. Uma tela de quase dezesseis metros quadrados. À mesa não está um
cordeiro, mas sim um CUY (porquinho da índia, que era um animal comum no prato
dos Incas). “Quem foi Judas?”, perguntou o artista Inca ao espanhol responsável
pela obra da Catedral. “Judas, foi o traidor de Cristo por dinheiro.” A
representação de Judas lembra a todos os nativos o rosto de Pizarro,
colonizador espanhol. Sobre a mesa, ainda, da Santa Ceia, duas garrafas de
Chicha, suco de milho roxo, sem álcool, bebida típica cuzquenha. As imagens
esculpidas das virgens são todas com a barriga enorme: grávidas.
Ao voltar para o Brasil eu trouxe algumas palavras
que servem a uma síntese dessa experiência. Meu caminhar pelo diverso não tem a
busca apenas no estético, mas e, sobretudo, ao que ele me remete.
Os Incas nos deixaram um precioso legado. Sobre
altitude, terremotos e outros desastres ambientais, fortes chuvas, intenso
inverno, sol escaldante, configurações geológicas íngremes, vales de alto risco
de desprendimento de rochas, falta de animais para transporte de cargas, e um sem-número
de outros obstáculos, ainda assim, em que pese todas essas restrições eles
edificaram um patrimônio à humanidade deixando um tributo histórico de
inestimável valor.
Foram colonizados, mas não perderam sua dignidade.
Ouvi de um nativo: “Não tínhamos pólvora e nem cavalos, nos submetemos,
mas eles não tiraram de nós as nossas tradições.” Esse parece ser o
lema da essência da cultura Inca que é expressa numa palavra: KAIPAY que, em quéchua,
significa RESISTÊNCIA.
Em outras viagens estive em templos sagrados em
Taipei e Thaithong em Taiwan; diante da Sagrada Família de Gaudi em Barcelona;
visitei a cidade arrasada de Pompéia; emocionei-me diante da Acrópole em Atenas;
nas ruelas de Alhambra e Toledo na Espanha. Estive diante do Muro da Vergonha e
visitei o monumento dedicado aos judeus vítimas do holocausto em Berlim e, em
Dresden, a igreja reconstruída após cessarem os bombardeios na Alemanha. Percorri,
em Moscou, o Salão das Lágrimas do Memorial à Segunda Guerra Mundial. Atravessei
os lagos Andinos; vi a agonia do povo cubano no ocaso de um propósito; visitei
a vila feudal de Monserrat em Portugal; o Coliseu e as diversas maravilhas de
Roma. Deliciei-me com a irônica crítica de Miguelângelo na Capela Sistina.
Pisei na Praça Celestial em Pequim e nos pomares do Kremlin.
Fui privilegiado por tantas outras peregrinações,
no entanto, o todo daquela visita ao Peru diz respeito às minhas entranhas de
cidadão do universo latino-americano, historicamente violentado, vilipendiado,
humilhado pelos conquistadores ainda hoje com seus macabros, sedutores e
perversos simulacros. Já era e continuará sendo minha regra de conduta no
âmbito da microfísica do meu poder, no cotidiano, na família, no trabalho, na
vida.
Quero fazer parte daqueles que resistem.
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
MORTE
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
VERA
Feitas as contas, ainda que
com resultante inexata, achei que deveria trazer à post. Post à prova.
Meu dizer é tão chocho,
descredidente que, mais um menos um, não fecharia em nada. Outro dia tava
dizendo disso aqui. Por conta de Kundera. Nada.
Pois é.
É que, com quem compartilho a
Vida há quase cinquenta anos, enveredou-se por estas searas shakespearianas,
desde criancinha.
É que Pretinha, também, há
décadas, visita charlatã, pseudocientista, mesmo eu tendo, há décadas, vindo
dizendo a ela que eu não posso ser tão rico a ponto de tê-la afetado tanto.
Hoje ambas pregam peças em
seus consultórios. Consultórios? Não serão, esconderijos à Lei?
O Pai da Coisa, da Peste, não
formulou em microscópio. É Obra Literária, não Tratado.
Um de seus adeptos, lacanizou enunciados
de linha. Vai estudá-lo a fundo procevê. Eu num recomendo. E o pior, não cura
nada.
Poetas mal resolvidos. Ou mau?
Supunhetemos que a Psicanálise
não seja, à luz microscópica, Ciência. Assim mesmo, com “C” maiúsculo.
Este (ou será esse?) discurso
cabe interpretação.
Aos adeptos, a sessão está
encerrada.
Voltem na próxima semana.
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
ONDA
Todos com 23 anos ou mais de
idade devem considerar-se privilegiados.
Cruzamos uma década, um século,
um milênio. Somente daqui a 977 anos, se houver ainda, a espécie experimentará
novamente viver essa “virada”.
Pois é.
Como diz Tin: “Nada a ver.”, quando
algo não tem tanta importância.
Ocorre que, contrariando meu
netinho, eu acho que deveríamos dar alguma atenção.
Há evidências imensas,
variadas e contundentes que, se não estamos no limiar, estamos próximos de ter
que fazer escolhas fundamentais para o futuro que queremos como espécie.
Clima, distribuição da
riqueza, migração e emigração, geopolítica, energia, água e, sobretudo,
relações.
Neste último campo somos
primatas, quase. Basta acompanhar o cotidiano noticiado, ou olhar para o lado.
Ou para si.
Algumas relações, quase sempre,
sobrevivem em circunstâncias dramáticas ou por conveniências toleráveis.
Das quase cem guerras
declaradas espalhadas pelo mundo, uma com potencial nuclear, daquele casal ali,
daquela família, daquela equipe, condomínio, cidadãos, de mim e de você. De nós.
Todos.
Na onda que temos surfado não
vamos mais precisar de inteligência cognitiva embarcada em neurônios. “Inteligência”
estará à nossa disposição nas nuvens, por um clic, uma voz, uma íris, um calor de
alguma parte do corpo.
Tudo será possível saber e
obter com acessibilidade, portabilidade e instantaneidade.
Menos como viver com o outro.
“Nada a ver, vovô.”
domingo, 30 de julho de 2023
FUSÕES
TONS
quinta-feira, 22 de junho de 2023
ABECÊ
“Há um descompasso entre a
decisão do Copom e o que acontece no Brasil”. Fernando
Hadad
Ah, BC!
Afinal:
Ø Em
viagem à Roma, o presidente acertou com o Papa que nem a Rússia e nem a Ucrânia
podem vencer a guerra;
Ø O
capitão comandante do Exército Brancaleone ficará inelegível até o final da
terceira década perdida do Terceiro Milênio;
Ø A estrutura
com 37 ministérios está conforme na MP original, inclusive para o Meio Ambiente
e os povos indígenas;
Ø O
advogado, que não foi padrinho, já é Supremo;
Ø Todos
os principais investigados e sentenciados da famigerada operação Mãos Limpas,
ops, Lava Jato, estão soltos e/ou terão seus processos anulados;
Ø Mais
de duas balsas de garimpeiros ilegais foram explodidas pela Polícia Federal na
Amazônia;
Ø O
Calabolso Fiscal está aprovado no Senado estabelecendo que o Governo pode
ultrapassar os gastos acima do índice da inflação e contemplando uma licença
para gastar em Ciência e Tecnologia;
Ø Todas
as CPIs e CPMIs transcorrem em clima circense moderado com desfechos absolutamente
previsíveis;
Ø A
Reforma Tributária equacionará a secular injustiça de que, como quer um
Ministro de Estado, “um pobre do nordeste adoraria ser pobre no sul;
Ø Carlo
assumirá a amarelinha em meados do ano que vem, considerando-se certa a classificação
para a próxima Copa do Mundo já que o Brasil não jogará contra nenhum time
africano;
Ø Reforçada
a democracia e o estado de direito, pois quem discriminar os cidadãos ocupantes
do Parlamento poderão ser sentenciados em até quatro anos em regime fechado;
Ø Monark
continua impedido de pedalar nas redes sociais.
Ø O
inverno começou ontem e deverá fazer mais frio do que no verão.
quinta-feira, 15 de junho de 2023
AMÁLGAMA
A sucessão é uma das artes da
governança mais sensíveis para garantir a perenidade das organizações.
Seguramente não é território para amadores.
Exemplo disso pode ser colhido
no processo político das últimas décadas em nossa republiqueta, tragicamente
instalada na América Latrina.
Notícia de hoje no Estadão:
“A Câmara dos Deputados
aprovou na noite desta quarta-feira, 14, em votação relâmpago, um projeto de
lei que pune o que chama de “discriminação” contra políticos. O texto é de
autoria da deputada federal Danielle Cunha (União Brasil-RJ), filha do ex-deputado
Eduardo Cunha. Vista como instrumento para blindar alvos da Operação Lava Jato,
a proposta pretende colocar na cadeia quem recusar serviços, em instituições
financeiras, para um político ou para seus parentes.
O texto que tipifica essa
modalidade de discriminação foi posto em votação pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de última hora, e teve o apoio do governo Luiz
Inácio Lula da Silva. O projeto recebeu 252 votos favoráveis e 163 contrários.
A proposta segue agora para o Senado.
Homem de confiança de Lira, o
relator Cláudio Cajado (PP-BA) só entregou o relatório final, com o texto
substitutivo, depois que a proposta entrou em votação por volta das 20h30. O
presidente da Câmara conseguiu aprovar, em menos de 30 minutos, o requerimento
de urgência, com 318 votos a favor e 118 contrários. Logo na sequência já
colocou o projeto na votação do mérito da matéria, mesmo sob protesto de
parlamentares.”
Não sei se há parâmetros comparáveis
com outros países de gestão tratada com tão elevada competência.
quinta-feira, 8 de junho de 2023
CORPUS CHRISTI
terça-feira, 6 de junho de 2023
TECLADOS
- Lozinho...
- Mãe?!!!
- Tudo bem, meu filho?
- Como a senhora quer?
- Como assim? Estou querendo
saber como as coisas andam por aí...
- Depende da narrativa...
- O quê?!!!
- Nunca fatos importaram tão
pouco, mãe. As versões que se propagam é que passam a constituir a realidade...
- Mas sempre foi assim, meu
filho...
- É que agora, com a
tecnologia, as estratégias de massificação de interesses tornaram-se
assustadoras...
- Goebbels...
- Pior, mãe.
- Tome cuidado, Lozinho.
- Estou reduzido à minha
insignificância...
- Não fale assim, meu filho.
- Estou vivendo no sítio,
recluso com meus fantasmas. E está sendo bom de doer.
- Não vá viver igual à sua
mãe, hein...
- Agora que a senhora me diz
isto?
- A solidão, às vezes, é
nutriente, né?
- Outra coisa herdada foi
jardim...
- E eu gostava mesmo, era toda
a minha alegria... Minhas roseiras...
- A senhora precisava estar
aqui para ver os meus jardins...
- Posso imaginar, meu filho.
- E tem os netinhos, cada um
mais amoroso e interessante.
- Adoraria tê-los conhecido.
- A menorzinha, a Lelê, participou
de um recital de piano promovido pela escolinha.
- Que maravilha, meu filho!
- Ela ainda não deixou marcas nos
teclados, só tem dois meses de aula...
- Sei, mas se começou é só
seguir, né?
- Mãe, esteve um coleguinha
dela da mesma idade, sete anos, arrebatador.
- Arte, Lozinho.
- Momentos como aquele é que
ainda me valem a pena...
- Beijos, meu filho, fique
bem.
- Estou bem, mãe. Beijo procês
daí, também.