Há uma disputa milenar no
âmbito das organizações, entre as chamadas “áreas-meio” e áreas-fim”, por quem
tem mais relevância. Observa-se que são contundentes os impactos nos resultados
quanto mais insano e intenso ocorre esse imbróglio.
Décadas como executivo,
consultor e conselheiro tenho me defrontado com todo tipo de “modus vivendi”
dos atores da trama. Eu deveria escrever livros a respeito.
Vou limitar-me a este post. Eu
não saberia lidar sendo um best seller, ou um influencer.
Guardadas as devidas
proporções e minimizada parte da sandice do autor, é o que ocorre também com a
Brasil S.A.
Sou mais conhecido como Agulhô,
esse sobrenome catalão. Carrego duplo sentido da agulha: espeta e costura.
Vou usar isto aqui.
A Brasil S.A. tem “áreas-meio”,
resumindo-as, para ficar menos dramático, que são o Executivo, o Legislativo, o
Judiciário e outras correlatas que produzem zero de riqueza objetiva, na medida
que seu escopo deveria ser suporte como um CSC-Centro de Serviços Compartilhados
da vida.
A Brasil S.A tem “áreas-fim”
que são as empresas e seus trabalhadores, ops, perdoem-me, colaboradores. E
aqui são todos os tipos delas, independente de porte, segmento, reconhecidas ou
não pelas “áreas-meio”. Poderíamos também, como fazem alguns, ofendê-las,
nomeando-as como MERCADO.
Toda riqueza real e em reais é
produzida pelas “áreas-fim” que, doravante, assumirei como MERCADO. Parte
significativa do desempenho delas remunera o CSC, que existe para disciplinar e
potencializá-las.
Só que não, na Brasil S.A.
O CSC se vê como um fim-em-si-mesmo
e tem sido capaz, há décadas, de consumir recursos gigantescos da riqueza real
produzida pelo Mercado. Alguns, e não são poucos, das “áreas-meio”, fazem um
esforço tremendo para eliminá-lo ou dificultar ao extremo a sua excelência.
Agora de forma institucional.
Antes os acertos entre as áreas-meio para se locupletarem em coalisões eram conluios
de corredores, agora nas assembleias gerais tornando peças normativas. Emendas
em tecido roto.
A PEC DA TRANSIÇÃO objetiva
mudar tudo para ficar do mesmo jeito. Só que pior. Aumentou o preço da
barganha. Façam os cálculos do que é secreto versus o que é conhecível.
Que ninguém tenha dúvida de
quem pagará a conta: o Mercado, este usurpador.
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