sexta-feira, 28 de outubro de 2022

SILÊNCIO

 

Brasileiros, praticamente todos nós, estamos centrados em escolha que alterará pouco, essencial e objetivamente, DE FATO, as nossas vidas.

Talvez parte dela, é claro, já que não vivemos isolados, fora da dinâmica econômica e social restrita a este lugar no mundo.

Nossa Vida quem governa ou desgoverna somos nós. Cada um, na estreiteza de seu reino.

E aqui reside a singela reafirmação do óbvio que escandaliza. Na escolha que fizermos no domingo não colocaremos aquilo que poderá alterar as nossas exterioridades, pois não temos nenhum domínio de que quem escolhermos seguirá aquilo pelo qual escolhemos.

Poucos de nós têm um projeto de futuro, mesmo que para si, imagine para as exterioridades.

Domingo confirmamos o que somos ou escolhemos por vir a ser.

Facilita tudo quando eu me descubro só, eu e minhas circunstâncias, na realização dos meus mais caros propósitos.

Qualquer que vier a ser a dinâmica das exterioridades, eu ainda me verei sujeito ou assujeitado a estas circunstâncias. Jamais ficarei livre, absolutamente.

A Democracia, que me envolve ao outro, não me liberta de meus grilhões.

Nem o Totalitarismo, tão pouco.

Sou o Sujeito de mim, ainda que silenciado.


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