A que espetáculo de cores verdejantes
fomos expostos ontem à noite.
O meu Oscar não vai para os
protagonistas. Nem para o bárbaro e nem para o anjo civilizatório (ausente do
espetáculo), surgidos por geração espontânea no habitat lamaçal palaciano.
O meu Oscar não vai para os
coadjuvantes em seus enredos desesperados.
O meu Oscar não recairá também,
na categoria de efeitos especiais, para a figura grotesca surgida de sabe-se lá
onde neste filme de horrores.
O meu Oscar vai para o enredo de
O Expresso da Meia-Noite, de Oliver Stones e Billy Hayes, pela cena dirigida
pelo Alan Parker do Brad Davis em que ele gira em direção contrária à de todos
os detentos.
No dia 02 vou ficar bem quetim
no meu cantim.
Ouvindo o som emanado dos
pingos d’água que caem da jarra de Afrodite.
Gozando o direito de não mais
ser obrigado a votar e da liberdade de ficar em paz com minha consciência.
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