quinta-feira, 8 de setembro de 2022

DON

 


Mario Puzo não seria capaz de produzir, na ficção, um personagem Don Corleone como este sujeito que desde 2018 está em campanha para desestabilizar o país. Ontem ele "usou e abusou" de todas as letras das leis que delimitam a conduta de candidatos e cometeu todos os crimes ali previstos.

Simultaneamente, sem nenhum pudor, ele passa como um trator por cima dos procedimentos orçamentários básicos com a edição de um decreto para acelerar a liberação de emendas de relator do orçamento secreto, a três semanas das eleições. Uma edição extra do Diário Oficial da União saiu na noite da véspera do desfile, com a intenção de o real motivo passar despercebido em meio à tensão que se criou em torno do dia 7 de setembro.

Ele não deve ter dormido, sonhando em amanhecer o dia inelegível pelas mais do que justificadas razões. "Prendam-me, pelo amor de Deus!" Nossa sorte paradoxal é que a nossa frágil democracia não é capaz de fazê-lo.


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