Ocupei este espaço com meus diálogos hipotéticos com Liz que escrevi seis meses antes dela nascer há exatos dez anos. Foi um jeito, à época, para lidar com a imensa alegria do acontecimento.
Já publiquei por mais de uma vez ao longo destes anos todos que me inscrevo aqui.
Confesso que o faço reiteradamente por duas razões: uma das vaidades que mais cultuo em mim é que gosto de ser querido e, a segunda razão, é que inocência, candura, singeleza ficou tão fora de moda que resolvi fazer desta página meu espaço de resistência.
O mundo perde todo dia um naco de beleza.
Em que pese isto há que se buscar leveza.
Preferiria que os amigos não lessem os diálogos de forma rigorosa, se correspondem à verdade ou se são pura invencionice. Eu já disse: são hipotéticos, escritos antes de Liz nascer.
Eu não os escrevi para a minha netinha, mas a partir dela, fazendo-a metáfora viva para cantar esperança.
Liz, Valentin, Antônio e Helena, meus netinhos reais, são muito mais importantes a mim do que minha subliteratura.
No entanto, esta fuga poética me dá alento e me pacifica, fazendo com que eu não traga, aos amigos, horrores do cotidiano.
Entre o Mal e o Mau, optarei pela Utopia: o Feminino. Basta de Homens e de suas ferramentas para operarem o mundo, como disse Simone de Beauvoir à Sartre.
Agradeço a forma carinhosa e gentil com que receberam estes diálogos, esperando que esta modesta contribuição tenha os ajudado a ampliar o gosto pela Vida.
Grato a todos.
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