Esteve ontem no JN o terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República apresentando as suas ideias/propostas para o que nomeou de “o dever da esperança”.
O projeto, que almeja em 15
anos fazer da escola pública a melhor do país e em 30 anos tornar o Brasil desenvolvido
social e economicamente como Portugal de hoje, encontra um paradoxo na medida
em que o candidato se compromete a não se aplicar à reeleição.
A tarefa é reconciliar o
Brasil, apaziguando o clima de polarização, eliminando a maior ameaça à
democracia que é o fracasso dela para o povo. Referindo-se a 2018 e apoiando-se
em Einstein afirma que a ciência da insanidade é repetir as mesmas coisas
esperando resultados diferentes.
Mudar o modelo de governança
política. Desde a redemocratização que o “presidencialismo de coalizão” tornou
o presidente um esconderijo para o pacto institucionalizado da corrupção e do fisiologismo.
Dois presidentes foram caçados, um preso e o atual desmoralizado.
O caminho é pelo plebiscito
programático, que é a discussão ampla de ideias para celebrar uma cumplicidade
com o povo. Além disso, negociar com governadores e prefeitos um pacto que
resolverá a falência dos estados e municípios, que devem à união R$600 bi.
Mudar o modelo econômico.
Criar o programa de renda mínima como ferramenta da previdência social permanente
com status constitucional e não mais como moeda eleitoreira. A química para isso será a junção do BPC-
Benefício de Pagamento Continuado, a Aposentadoria Rural, o Seguro Desemprego e
todos os demais programas de transferência (Bolsa Família/Auxílio Brasil).
Para financiar o programa de
renda mínima fixação de tributo sobre fortunas acima de R$20 milhões que
alcança 58 mil brasileiros, na ordem de R$0,50 para cada R$100,00 de riqueza. Cada
super rico vai pagar a vida digna para 821 brasileiros.
Resolver o martírio das
queimadas criminosas corrigindo o equívoco histórico de gerações que migraram
para a Amazônia e permaneceriam na terra somente com uma certidão que estavam
desmatando. Zoneamento econômico ecológico para determinar onde pode e onde não
pode desmatar. Treinamento e diversificação da atividade produtiva. Conscientização
de que a mata vale mais em pé do que derrubada.
Agir contra o crime
organizado. Implantar o que está legislado que é o Sistema Único e a
Federalização da Segurança, com Inteligência, Tecnologia e Aparato nas
seguintes figuras penais: facções criminosas, milícias, narcotráfico, contrabando
de armas, lavagem de dinheiro e crimes do colarinho branco, responsabilizando o
Governo Federal na investigação, prisão, representação ao MP, julgamento e
aprisionamento.
Resolver o martírio das
enchentes anuais. Mapear todas as áreas de risco e “subir o morro” com urbanização,
drenagem, contenção de encostas e reformas de moradias. Existem 14 mil obras paradas
que gerarão 5 milhões de empregos boa parte destas neste particular.
No discurso o candidato disse
que nos últimos 11 anos o PIB cresceu 0,26% e nasceram no país mais 27 milhões
de pessoas e que, em 15 anos, entrarão para a previdência social 50 milhões de
aposentados sem garantias de recebimento do benefício.
Disse ainda que vai governar
com quem o povo eleger (legislativo e executivo) negociando todas as medidas.
POST SCRIPTUM:
A última frase é que conta.
A ideia do imposto sobre grandes fortunas assemelha-se ao prêmio Nobel de Economia de 1981, James Tobin: 0,1% sobre as transações financeiras internacionais como forma de reduzir a especulação nos mercados financeiros. Propunha que as receitas desse imposto fossem utilizadas para financiar as Nações Unidas ou para ajudar o desenvolvimento dos países do Terceiro Mundo. Este imposto, que nunca chegou a ser criado, ficou conhecido como Tobin Tax.
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