quinta-feira, 18 de agosto de 2022

ESPERANÇA II

 


Parecem óbvias as razões pelas quais os candidatos A e B, líderes das pesquisas, sinalizam que não comparecerão aos debates programados pela mídia e canais da Internet.

E não são necessariamente os demais candidatos que os preocupam. Há algo de novo, trazido pela tecnologia, com o qual eles não poderão se furtar de debater: os Institutos e Agências de Verificação de Fatos e Dados, que subsidiarão os coordenadores dos debates.

O candidato A não conseguirá negar que esteve como Presidente da República no período de 2003 a 2011, período em que o país viveu a explicitação deplorável do que se sabia há quinhentos anos: o crime hediondo do desvio dos recursos públicos para interesses de toda ordem menos aqueles para os quais foram destinados.

O pagamento de propina a deputados e senadores para votaram a favor de medidas suicidas como a da desoneração fiscal monstruosa que transferiu para matrizes de organizações internacionais somas vultosas do nosso Tesouro.

A extorsão assustadora de empresas estatais via contratos de prestação de serviços de toda ordem.

Os mecanismos de verificação do discurso do candidato A apenas confirmarão que sim, ele era o Presidente da República no período em que estes fatos ocorreram e sim, ele era DIRETA ou INDIRETAMENTE responsável pelos mesmos e suas consequências amargadas até hoje como “auxílios” vexatórios às classes menos favorecidas.

O candidato B não conseguirá negar que era o Presidente da República nos anos de 2020 e 2021 e que, neste período, o país viu ceifadas o correspondente a 11% (onze por cento) de todas as mortes registradas no mundo como consequência da pandemia, enquanto o Brasil detém apenas 3% (três por cento) da população global.

A conduta, a insensibilidade e sobretudo, a incompetência para a gestão de uma crise do porte da nação brasileira explicitaram a figura nefasta do candidato B que nunca tomou posse em nenhum cargo para o qual foi eleito.

Os mecanismos de verificação do discurso do candidato B apenas confirmarão que sim, ele era o Presidente da República no período em que estes fatos ocorreram e sim, ele era DIRETA ou INDIRETAMENTE responsável pelos mesmos e suas consequências.

A e B são indispensáveis um ao outro, um não existe sem o outro, um perderá as eleições se não houver o outro na disputa.

Há algo que talvez os institutos de verificação não explicitem. As profundas mazelas que a conduta destas pessoas produziram e ainda produzem nos corações e mentes do povo brasileiro.

Perco a seriedade do texto, mas vou dizer: estes sujeitos fazem o maior esforço para protagonizarem a História como bestas previstas no Apocalipse.


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