Olho, com reservas, as questões
nomeadas como “Identitarismo”, “Diversidade”, “Inclusão”.
Para Identitarismo, que o meu
computador sublinha em vermelho porque não reconhece em seu vocabulário,
encontro na WEB:
“O termo identitarismo,
popularizado no Brasil a partir das eleições presidenciais de 2018, tem origem
na expressão identity politics (políticas identitárias). Este
conceito foi cunhado pelo Combahee River Collective, grupo feminista formado
por negras e lésbicas em 1974. Estas mulheres uniram-se por não se sentirem
representadas pelo movimento feminista, branco em sua quase totalidade.”
Pois é, ocorre que a expressão
ampliou suas origens e cabe em inúmeras outras manifestações correlatas.
Diversidade e Inclusão, faz
parte do grito contemporâneo por liberdades e divisão do bolo das riquezas
produzidas.
Um dos afetos que mais admiro
é a paixão que nos move em prol de nossas convicções e propósitos, quase sempre
alinhados com outros em grupos, facções, partidos. Não seríamos, não fosse essa
paixão. Como algas, nos emaranhamos, para construir.
Até aí entendo e louvo toda iniciativa
solidária independente em que território manobra: político, sociocultural,
religioso e tantas outros com manifestações de adeptos em todo o mundo.
Minha reserva está em quanto
isto contribui (e de forma intensa), pela exacerbação e/ou por intenções
perversas, com a ampliação, já tão extensa, das motivações que justifiquem (ainda que por fins legítimos) ações desproporcionais, segregadoras e, não raro,
violentas.
Está assim desde sempre na
História, mas hoje há dois fatores que amplificam exponencialmente os efeitos colarerais perversos desta “compartimentação social”: as redes sociais globais e o chamado
“Mercado”.
As redes sociais turbinadas
por tecnologia que disponibiliza TUDO com instantaneidade, portabilidade e
acessibilidade dão “voz” à bilhões de pessoas em todo o mundo, impactando a
sociedade como nunca.
Por outro lado, o Mercado,
esta “descoberta” do moderno com seus tentáculos sobre o consumidor, fazendo
destas “minorias exclusas”, maioria para a sua prospecção estratégica e
crescimento exponencial de seus faturamentos e rentabilidade.
“Descobriu-se” que há muitos
negros no país, assim como LGBTQIAPN+, e eles estão “estrelando” peças e peças
publicitárias, para “incluir” seus “pares identitários” na moenda do consumo.
Perdoem-me por um texto tão denso. É que Inconfidência me fez pensar em John Lennon e lembrar de quando eu era jovem e cantava IMAGINE a todos os pulmões na Praça Duque de Caxias.
Até breve.
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