- Vovô, sabe o que eu queria
que você fizesse pra mim?
- Não.
- Um tablet...
- Um tablet?!!!
- Sim, de madeira parecido com
o celular que você fez pra Liz.
No final de semana passado fui
levar o Totô na aula de equitação. Enquanto ele trotava saí, acompanhado por
Lelê, a procurar pelos cantos da fazenda algum pedaço de madeira que me
servisse a tablet. Subi numa pilha de tábuas em retalhos e de lá:
- Lelê, acho que esse pedaço
pode servir.
- Traz aqui, deixa eu ver.
Com dificuldade desci da pilha
levando um retalho de madeira.
- Essa não serve, vovô.
- Como não?
- Muito fina... Precisa ser
mais larga.
- Ah, Lelê, vou levar essa
mesma.
- Nem precisa, não quero que
você faça o meu tablet com essa madeira.
Joguei o retalho de volta à
pilha.
No carro, Lelê disse que no
sítio nós acharíamos um pedaço “perfeito” para fazer o tablet.
Encontrei uma tábua e mostrei
pra Lelê. Com a mãozinha como se serrasse ela disse:
- Agora você corta aqui, vovô.
- Não está grande?
- Eu quero deste tamanho.
- Eu acho que vai ficar
grande.
- Corte, vovô.
Cortei, lixei a madeira e
entreguei pra Lelê.
- Perfeito, vovô!
Peguei uma folha de papel,
lápis e sentei a mesa com Lelê.
- Agora você faz um treino do
desenho das teclas que você vai fazer no tablet.
Lelê, olhando na tela do meu
IPhone, desenhou algumas das telas.
- Não gostei, vovô... Não
ficou legal.
Disse a ela que eu ia dar um
jeito. Tive a ideia de fazer um print do fundo de tela do meu celular com a
foto dela e as teclas em primeiro plano.
Ela escolheu a foto:
- Quero esta por causa do
tererê...
Na segunda-feira, perguntei à
Lelê (pelo celular do pai) que cor que ela queria o tablet.
- Pode ser rosa, vovô.
Comprei rolo de papel contact,
envolvi a madeira, imprimi a foto e colei revestindo-a com contact
transparente.
Ontem, entreguei pra ela.
- Ficou lindo, vovô!!!
Brigado.
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