“As situações vão se tornando
extremas e nós nem percebemos.”
Esta fala pertence à um dos entrevistados no CURTA/DOCUMENTÁRIO do brasileiro Pedro Kos, que vive há alguns anos radicado nos EUA, em cartaz na NETFLIX e candidato ao Oscar de 2022.
“Todo o mundo pensa que a
população de sem-teto é viciada ou louca”, disse Kos, em entrevista. “Mas não
poderia ser mais o oposto. A gente começou a ouvir histórias de gente de todas
as origens, que por acaso teve uma emergência médica, ou sofreu uma violência.
Basicamente vimos um espelho. Somos nós. Serviu para mostrar quem é essa
sociedade. Não é culpa deles. É do sistema, que está marginalizando, empurrando
as pessoas mais frágeis, mais vulneráveis, para fora.”
Já fiz referência em alguns
textos à pesquisa que tive acesso há três ou quatro anos atrás. Universidades
americanas e europeias, em consórcio, consultaram pessoas em 165 países sobre o
que mais as aterroriza, do que têm medo.
Concluídos e tratados os dados
dos respondentes, o relatório apontou como síntese, os três maiores temores
mais frequentes na maioria dos países pesquisados:
. A potencialidade de uma
guerra nuclear.
. A irreversibilidade da fome
e
. A ausência de líderes
capazes de enfrentar os problemas da atualidade.
Quando analisei a pesquisa confesso
que não considerava tão crítica a primeira e mais aguda preocupação apontada.
Hoje ela é mais do que evidente.
Quanto à terceira, basta olhar
para a nossa situação.
Encontrei no filme do Pedro
Kos, uma ilustração da gravidade do segundo item apontado na pesquisa. Observem:
o campo de pesquisa não é a África nem a América do Sul, mas Los Angeles,
Seatle e São Francisco.
Não quero que a minha mãe
saiba disto.
Até breve.
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