terça-feira, 25 de janeiro de 2022

OQUIDÃO

 




Pois então, fiquei um tempo longe por razões mais relevantes do que aquelas que já me trouxeram aqui, especialmente nos últimos posts.

Avozei, o que significa dizer que o mundo passou a girar com absoluta concentração em torno de meus netos.

A demanda ocorre das seis, seis e trinta até quando eles vão dormir, não sem antes uma historinha.

Coisa de doido este tipo de gente: criança.

Não pensei durante o período. É como se meu cérebro tivesse vivido um ocoamento, ou algo parecido, com a incapacidade de raciocinar senão na próxima “brincadeira” ou aventura a ser realizada.

O cão!

Entrei nisso desde o Natal com duas das figuras, Liz (9anos) e Tin (7anos) que vivem em Florianópolis com os pais: Pretinha, minha filha e um tal de Cláudio (acho que é isso mesmo). De lá até o dia 06 vivi relativamente tranquilo com futebol, ping pong, futebol, praia, futebol, jacarezinho, futebol, jogos diversos, futebol e outros trens uns a cada segundos dos outros.

Incrível como não fazem intervalo entre uma demanda e outra. São surdos à; “Putz, deixa seu avô descansar um pouco, gente!”. “Tá bom, vô, bora brincar.”

O pior é que eu gosto ou, na pior das hipóteses, morro de culpa se não chegar junto.

A pior parte de mim, em relação ao assunto, manifesta-se nas horas das refeições e de colocá-los para dormir. A putice é exacerbada ao extremo. Liz é um porre: “num gosto disso, num gosto disso, num gosto disso também, vovô.". Ou: "me deixa ficar acordada até às dez, vai vovô?”. Ou, o Tin: “Aí, Louzada, cê tá me tirando, véio?”

O sangue ferve.

Não pode estar tão dramático que não possa se amplificar. É que no dia 13 fomos para um hotel fazenda, agora com a adição de dois outros espécimes: Totô (7 anos) e Lelê (5 anos), filhos de meu filho Vladimir. E com eles, primos por parte da minha nora Fabiana, agregaram-se Catarina (9anos) e Pedro (6 anos).

Foi suficiente e relaxante, porque em trupe eles aliviam.

Se bem que não. Vovô olha aqui eu na escalada, olha eu aqui dando pirueta na piscina, olha eu aqui fazendo arvorismo (a cem pés de altura), olha eu aqui na cachoeira, olha eu aqui... Olha eu aqui... Olha eu aqui...

De ficar vesgo.

Voltamos no dia 16, no domingo. A farra segue para o próximo final de semana.

Aí, Liz e Totô voltaram ontem para seu cantão em Floripa e Totô e Lelê, que moram em BH, só no outro final de semana.

Com toda franqueza, é bom de doer estar oco para outras coisas.

Principalmente aquelas que mancheteiam. De mancha e de manchete.


Até breve.


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