Pois então, fiquei um tempo
longe por razões mais relevantes do que aquelas que já me trouxeram aqui,
especialmente nos últimos posts.
Avozei, o que significa dizer
que o mundo passou a girar com absoluta concentração em torno de meus netos.
A demanda ocorre das seis,
seis e trinta até quando eles vão dormir, não sem antes uma historinha.
Coisa de doido este tipo de
gente: criança.
Não pensei durante o período. É
como se meu cérebro tivesse vivido um ocoamento, ou algo parecido, com a
incapacidade de raciocinar senão na próxima “brincadeira” ou aventura a ser realizada.
O cão!
Entrei nisso desde o Natal com
duas das figuras, Liz (9anos) e Tin (7anos) que vivem em Florianópolis com os
pais: Pretinha, minha filha e um tal de Cláudio (acho que é isso mesmo). De lá
até o dia 06 vivi relativamente tranquilo com futebol, ping pong, futebol,
praia, futebol, jacarezinho, futebol, jogos diversos, futebol e outros trens
uns a cada segundos dos outros.
Incrível como não fazem
intervalo entre uma demanda e outra. São surdos à; “Putz, deixa seu avô
descansar um pouco, gente!”. “Tá bom, vô, bora brincar.”
O pior é que eu gosto ou, na
pior das hipóteses, morro de culpa se não chegar junto.
A pior parte de mim, em
relação ao assunto, manifesta-se nas horas das refeições e de colocá-los para
dormir. A putice é exacerbada ao extremo. Liz é um porre: “num gosto disso, num
gosto disso, num gosto disso também, vovô.". Ou: "me deixa ficar acordada até às
dez, vai vovô?”. Ou, o Tin: “Aí, Louzada, cê tá me tirando, véio?”
O sangue ferve.
Não pode estar tão dramático
que não possa se amplificar. É que no dia 13 fomos para um hotel fazenda, agora
com a adição de dois outros espécimes: Totô (7 anos) e Lelê (5 anos), filhos de
meu filho Vladimir. E com eles, primos por parte da minha nora Fabiana,
agregaram-se Catarina (9anos) e Pedro (6 anos).
Foi suficiente e relaxante,
porque em trupe eles aliviam.
Se bem que não. Vovô olha aqui
eu na escalada, olha eu aqui dando pirueta na piscina, olha eu aqui fazendo arvorismo
(a cem pés de altura), olha eu aqui na cachoeira, olha eu aqui... Olha eu
aqui... Olha eu aqui...
De ficar vesgo.
Voltamos no dia 16, no
domingo. A farra segue para o próximo final de semana.
Aí, Liz e Totô voltaram ontem
para seu cantão em Floripa e Totô e Lelê, que moram em BH, só no outro final de
semana.
Com toda franqueza, é bom de
doer estar oco para outras coisas.
Principalmente aquelas que
mancheteiam. De mancha e de manchete.
Até breve.
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