Algum tempo atrás a Academia Brasileira de Letras (ABL) censurou a transmissão ao vivo, em seu site, da conferência ministrada pelo professor da Unicamp Jorge Coli, “O sexo não é mais como era”. Ao apresentar o quadro pintado em 1866 pelo artista francês Gustave Coubert “A origem do mundo”, exposto desde 1995 no Museu d’Orsay, em Paris, e usar a palavra “buceta”, a transmissão foi cortada.
Por sua vez a iTunes Store, livraria virtual da Apple, censurou o título do livro da escritora americana Naomi Wolf. O título é: “Vagina: Uma nova biografia”. O site da Apple coloca como “V****a”. Na descrição do livro há uma explicação: “A autora faz uma pesquisa histórica e mostra como a v****a foi considerada sagrada por séculos até ser vista como uma ameaça.
Não há limite à hipocrisia. Tudo bem que a explicitação choque, mas censurar o óbvio é chocante. Choque por choque prefiro o que nela se encerra que é prazeroso às pampas e, para quem não sabe e já passou dos cinco anos de idade é por ali sim que tudo acontece. Adão e Eva são personagens de livros para neandertais.
E mais, trago isso agora porque já é passada a hora de tanta puritanagem encobrindo crimes hediondos. O que deveríamos estar censurando são atos libidinosos explícitos do cotidiano imoral de quem deveria nos trazer exemplos.
A anulação hoje, pelos deputados, do veto ao "Fundão" de R$5,7bi, para financiar as eleições de 2022, por exemplo.
Até breve.
NOTA: Este post foi publicado em 2012 com outras intenções igualmente obscenas. Recebeu como título: PERSEGUIDA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário