A essência do que quis propor
no post anterior está no título.
Eu completarei em fevereiro do
ano que vem sete décadas de vida. Tenho três filhos com pouco mais de
quarenta anos e quatro netos entre cinco e nove anos de idade.
Sobrevivi, nas últimas três
décadas, ao advento de cinco gerações disruptivas de intervenções nos meios (tecnologias)
de operar a Vida. É a isto que me refiro no texto, e as suas múltiplas e avassaladoras
consequências.
A tecnologia 6G talvez não me
alcance, um pouco aos meus filhos, mas será determinante nos primeiros trinta
anos de meus netos.
Admirável mundo novo.
Só que não. Por isto, concluo
o meu texto, nomeando-o como um “porre”. O tempo não corroeu em mim o juízo
moral para olhar para o mundo e interpretá-lo.
Não gosto no que nos
transformamos. Se evoluímos extraordinariamente em nossas obras, a tecnologia
que vimos criando avança para nos tornar autômatos insensíveis.
E sem memória, já que tudo
estará “nas nuvens” a nossa disposição com amplo acesso, às mãos e instantaneamente.
A avalanche efêmera de
stories não permite que se retenha significados, que se elabore, que se reflita,
que por força da ausência de significados, se sinta.
Nenhum acontecimento acontece.
É um tique sem toque.
O post não quis recomendar um filme, nem lembrar dos olhos maravilhosos
de Franco Nero.
O texto diz que estamos e
agora sob um holocausto contra a natureza, contra a cultura, contra a Arte,
contra a memória, contra a moral, contra o belo, o bom e o justo e não só aqui
no nosso cercadinho.
E adiante, nada há que
sinalize algo distinto e redentor.
Ah, Agulhô, que porre! Conta
mais storizinhos de seus netinhos, vai...
Até breve.
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