Às vezes acho que é por um não
sei por que, talvez por um interesse não sabido, quem sabe? O fato é que
acompanho. Quase tudo, na origem, mesmo sabendo que, na própria origem, há
trama.
Falo da governança pública,
mais conhecida como Política. Esta, das instituições democráticas. Minhas
décadas perdidas em acompanhamentos e reflexões várias, foram o que
possibilitaram agora e adiante, suponho, uma certa compreensão do que mais ou
menos deva ser.
A realidade.
Dia desses, em conferência, ouvi
um sujeito dizer, prefiro não declinar o nome para não restringir o seu raciocínio
incauto leitor, de que pós ditadura o país foi “governado” somente por
inclinações social-democratas e que, agora, era necessário dar um choque
liberal.
Minha aversão ao apelido das
coisas, dificulta muito o meu entendimento do que exatamente elas querem significar,
então acabo fazendo eu próprio minhas sapiências. Quase sempre viajo nas
maioneses.
No caso, fui dar (bem
entendido) na Escandinávia que visitei há alguns anos. Suécia, Noruega, Dinamarca,
Finlândia e Islândia (terra do Papai Noel). Na rota fui dar na Rússia, mas aqui
não interessa, senão embrulha.
O apelido que dão ao que se
passa em terras escandinavas é a tal de social-democracia. E o sobrevoo rasante
que fiz por lá me deu foi vontade danada de ficar em definitivo.
Pesquisem e verão quanto é boa
a tal da social-democracia de lá nas escandinavas. Só não fiquei por dois
motivos fortíssimos: euros e o oposto de verão. Euros, por razões óbvias e o
oposto de verão porque não suporto invernos, mesmo que maravilhosamente boreais.
Se o céu for com temperatura abaixo
de 15ºC, quando for para lá, fico no Purgatório.
Antes de ir para um ou outro
já que não escolho a hora (mesmo com minhas inclinações suicidas ocasionais),
melhor voltar ao assunto do post. Qual mesmo? Ah, sim, os debates (ou serão
embates?) políticos do ano que vem.
No macro, efeitos pandêmicos
ainda sensíveis na economia global com o petróleo em espiral de alta, apenas
para dar protagonismo à variável mais combustiva. Ela é suficiente para
entender os decorrentes.
No Brasil, estagflação,
previsão de crescimento para 22 igual à menos de um por cento, só para ficar
nos indicadores mais contundentes.
Eu acho que sim está na hora
de propor mudar tudo para continuar do mesmo jeito mudando o apelido do discurso para
liberal, tipo, liberar geral, ou seja: foda-se o país.
O importante é o furo no teto.
Outro apelido.
Até breve.
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