“Eu gostaria de pacificar o conceito de força como aquilo capaz de produzir e suportar elos”. (Juliana Monteiro)
Assisti com especial interesse
e atenção à conferência de JARED DIAMOND, biólogo americano evolucionário,
fisiologista, biogeógrafo e autor de não-ficção. É mais conhecido no Brasil pelo
seu livro Armas, Germes e Aço. Em 1997 foi vencedor do Prêmio Pulitzer.
A oportunidade faz parte do
ciclo de cinco conferências de proeminentes pensadores da atualidade em
diferentes campos do conhecimento realizada pela plataforma Fronteiras do
Pensamento que ocorrerão a cada mês até dezembro de 2021.
Basicamente Diamond coloca a
pandemia como uma experiência relevante para a Humanidade porque, na opinião
dele, foi o primeiro acontecimento em escala verdadeiramente global que afetou,
e ainda afeta, a todos os habitantes do planeta.
Ele vê a COVID19 como um alerta
expressivo para as lideranças de todo o mundo no enfrentamento do que considera
os três maiores desafios do contemporâneo: as mudanças climáticas, o
insustentável uso de materiais e a desigualdade econômico-social.
Estes três desafios conjugados
e interligados, um determinando o outro ou amplificando os seus efeitos, estão
seguramente muito para além das agendas que ocupam as lideranças internacionais,
aumentando ainda mais os efeitos decorrentes.
É cada dia mais patente a
extensão dos desastres ecológicos: o verão europeu com a marca recorde de 50ºC
na Itália; enchentes, queimadas, terremotos. Na noite de ontem, a cidade de
Nova Iorque foi assolada com a chuva mais intensa dos últimos 156 anos.
Tenho ocupado os meus amigos
com singelos poemetos ilustrados com fotografias de minha morada. Assim como
historinhas e episódios que têm meus netinhos como protagonistas.
Quem visita minhas páginas
comenta que vivo num paraíso, compartilhando-o com uma família maravilhosa.
Sim, a Vida tem sido muito
generosa para comigo e pelo que agradeço todos os dias.
Às vezes penso que minhas
postagens devem soar, para alguns, como ostentação barata, fuga ou alienação dos
graves problemas que nos assolam.
Às vezes penso que deveria
engrossar a fileira daqueles que, em redes sociais, militam com suas ideias na
esfera política procurando dar sua contribuição aos debates ou apontando
denúncias dos fatos avassaladores do cotidiano.
Tenho dúvidas dos efeitos
práticos desta ação. Penso que, de alguma forma, algumas inserções com
milhares de adeptos contribuem de forma expressiva no agravamento das nossas
mazelas.
Perdoem-me o textão. Eu
poderia simplesmente postar a letra da canção Sol de Primavera do Beto Guedes.
Não deixem de assisti-lo no YouTube. Musicada, ela fica mais intensa.
Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou juntos
outra vez
Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim, não custa
inventar
Uma nova canção que venha nos
trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Pois é.
Até breve.
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