quinta-feira, 12 de agosto de 2021

ESPERANÇAR

 


Oscar Quiroga, hoje, no Estadão: “Atualmente estamos na transição da Era de Peixes para a de Aquário, que finalizará no ano 2.340. A transição atual é o movimento que vai das paixões que impedem a convivência das diferenças e alimentam o ódio, na direção das razões que promovam liberdade, respeito e confiança. Enquanto isso, só o realismo honesto de nossos raciocínios nos brindará com consenso, para nos proteger da divisão e do confronto.”.

Certa vez perguntei pra Ela sobre o que eu deveria escrever e ela prontamente respondeu: fé e matemática. Uma das maiores dificuldades do relacionamento é quando se pergunta algo ao parceiro e a resposta não vem conclusiva.

‘Fé e matemática?’ Perguntei novamente. ‘É, fé e matemática...’ Melhor seria eu não ter perguntado. Pior ainda, ela pegou um livro e leu em voz alta um trecho durante quase cinco minutos sem perder o fôlego. ‘Você entendeu? ’Perguntou-me com um olhar como se eu agora tivesse a resposta. Aqui posso dizer: eu não entendi nada. Ela então disse que ambas são fundadas no mesmo princípio: é melhor que você acredite.

Com a maior paciência que lhe é peculiar, especialmente com néscios que nem eu, Ela foi elaborando sobre uma e outra, fé e matemática. Aí eu comecei a interessar-me e, como sempre às vezes acontece, fixei os olhos nos movimentos labiais dela e me pus a pensar com as minhas próprias pernas.

Qual é a maior extensão da fé: Deus existe!

Prove. Demonstre. Mostre, senão não é!

Qual é o número que vem depois do zero, um, não é?

E entre o zero e o um? Qual é?

Prove. Demonstre. Mostre, senão não é.

Apenas para demonstrar de onde veem todas as coisas, sobre as quais ainda terei muito que debruçar.

Sou de Peixes, em Peixes, em transição e tenho 320 anos (Matemática) ainda por nadar.

Eu espero (Fé).


Até breve.


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