O paciente permanece em estado
grave, respirando por aparelhos, em quadro clínico de aparente estabilidade,
salvo por espasmos dolorosos motivados por vírus e bactérias históricas e
incontroláveis.
Na última semana o organismo
foi infestado por um vírus de inexpressivo poder, considerado o estado de
metástase em que se encontra o paciente. FP-Fundo Partidário de perto de seis
bilhões de reais.
O paciente debilitado busca sinais
de repulsa ao vírus, mas o que já se sabe é que estes vírus são produzidos pela
própria colônia endêmica e se auto extinguem.
Ao MALVID17, o vírus que
infectou o paciente em fins de 2018, caberá mitigar os efeitos primários sobre
o organismo trazidos pelo FP.
O paciente, gigante pela
própria natureza, convalesce bravamente do vírus global, a COVID19, embora
tenha sido ceifado o potencial de mais de 550 mil células cidadãs, que não
foram protegidas a tempo e a hora do ataque.
O quadro clínico apresenta-se
estável, mantidas as mesmas características endêmicas, e em que pese os arroubos
de vitalidade manifestos em junho de 2013, evoluiu, face à vulnerabilidade do
paciente, para o surgimento do vírus MALVID17 e o recrudescimento agudo do vírus
MALVID13.
A patologia produziu no
paciente o rompimento de casais, de amigos, de comunidades inteiras que
vitimados pelos vírus citados, tornaram-se corpos tomados por sintomas
psicóticos, fanáticos e delirantes, agravando de forma expressiva o quadro.
Historicamente, há décadas, o
paciente se viu drenado de suas forças vitais que lhe são sequestradas por perdas
sanguíneas em mensalões, petrolões, evasão fiscal, bolhas perversas de consumo
ilusório, juros escorchantes, burocracia perversa e, a mais usual e permanente
expressão da metástase, a corrupção. Agora, presente até nos meandros viscerais
para a aquisição de imunizantes contra o COVID19.
Somadas à estas perdas, outras
que, por efeito das citadas, resultam em CPIs vultuosas, operações antivírus caríssimas,
sistemas de penalização babilônicos.
Se todas estas perdas tivessem
sido canalizadas para o processo vital, o paciente estaria gozando, por seus
próprios méritos, do privilégio de ser reconhecido no cenário como o mais
colossal e não apenas como um sonho intenso, um raio vívido de amor e de
esperança.
Esperança é uma vitamina que,
no caso do paciente em tela, quase sempre transforma-se em veneno.
Esta a anamnese do paciente.
Até breve.