O percurso em que me encontro
em direção aos meus setenta já dá sinais objetivos de senilidade, e aguda.
Vejam.
Hoje amanheci com um “desejo”
desconcertante: que a sociedade brasileira, as instituições democráticas e a
imprensa se unissem em prol de duas vertentes, as mesmas em que se articulam.
O primeiro movimento, de uma
das bandas, seria “engrossar” com o grupo de oposição a tese de que o atual
presidente no episódio da Covaxin prevaricou. Simples assim, porque é crime
previsto na Constituição e suficiente para o atingimento do que parcela da
sociedade espera. Desnecessário reunir provas outras de outros eventuais
crimes, muito mais difíceis de serem evidenciados.
O segundo movimento, da outra
banda, seria agir no sentido de se agilizar o julgamento de todos os processos
remetidos à esfera federal para que, de uma vez e por todas, fique claro se o
ex-ex-presidente é ou não a figura mais pura do planeta e se, no mínimo, da
mesma forma que o Mito, também não tenha prevaricado. “José Dirceu, quem é?”,
teria, Vossa Excelência, perguntado.
Eu avisei, setenta anos acaba
produzindo naqueles que os vivem e intensamente, doses de senilidade
incontornáveis.
Fico me imaginando com oitenta
anos.
Vai ser uma alegria.
Até breve.
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