Quero fazer registro daquele
que me parece ser o fato objetivo mais relevante da semana para combater a
evolução da pandemia: o acordo formal celebrado entre os governadores.
Um acordo destes é promissor
somente por força das circunstâncias em que estão colocados os chefes do
executivo estadual, podendo ser inclusive, a posteriori, julgados por crime de
negligência, omissão e outros.
Seja por isto ou porque os
iminentes senhores de Estado perceberam a imensa chance que têm para entrar na
história como aqueles que efetivamente conduziram a saída do país de sua mais
cruel crise sanitária.
O espaço abissal deixado pelo
governo federal permitiu o acordo e eu torço para que ele logre êxito e nos
exponha a lideranças sadias que possam nos servir em futuro próximo como alternativas.
Impelidos pela gravidade da
situação, portanto, não acredito que a maioria deles usará a oportunidade para “jogar
para a torcida”. Como administradores, ainda que políticos, eles sabem que os cemitérios
serão o maior balizador de sua efetiva gestão.
Outro ator de relevância e que
a mim tem agradado é o presidente do Congresso Nacional, recém chegado que pode
trazer de roldão com sua habilidade a Câmara dos deputados para votarem e com
celeridade os projetos emergenciais que se fazem necessários.
E o governo federal? Qual?
Dois ministérios devem brevemente
ter seus titulares substituídos e, muito provavelmente, não com o crivo do
presidente. O da Saúde, naturalmente, e
o das Relações Exteriores, já que a questão sanitária nunca foi local e sim
global e a atuação do chanceler foi lamentável, para não dizer desastrosa.
Não é uma engenharia de governança
fácil, seguramente mais complexa do que se tivéssemos uma liderança inteligente
e agregadora acima, mas é, me parece a única alternativa que se apresenta já
que não é possível debelar o desafio dentro da jurisdição de cada estado. O vírus
não se interessa por fronteiras.
Doravante é o que me
interessa. O resto é puslítica.
Até breve.
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