terça-feira, 16 de março de 2021

RESSUSCITAR

 



“Se o princípio era o verbo na verdade fez-se em verso a oração,

E o poema virou Verbo e habitou entre nós.

Então, poeta?”

 

Este é um trecho da canção Liderança, de um fraterno amigo Dennis de Lima e Souza, com quem, eu e outros, nas priscas eras dos corredores da Fafich, tramávamos um tempo de luzes.

O que fizemos com as palavras? Por que elas se tornaram tão perigosas, quando as usamos para “classificar” alguém? Por que reduzimos a riqueza da amplitude, especialmente das nossas palavras, do nosso imenso e admirável idioma, repleto de possibilidades de interpretações?

Poéticas.

Por que tamanho ódio, provavelmente, resultante da cegueira, do reducionismo, da perda de identidade, vontade própria, persona?

Por que não olhar para as palavras e redescobri-las, resignificá-las, para que seja possível um outro diálogo?

Por que discussão (discos são) e não diálogo (através de significados)?

Cancelamento? Exclusão? Lacração?

O que fez conosco a História, enquanto atores coadjuvantes de óperas bufas, tragicomédias, filmes de terror e suspense?

Assumimos o lugar de protagonistas, colando-nos em enredo que não fomos nós que o redigimos, pelo menos diretamente, senão pela via do nosso desespero e impotência.

Passamos a usar palavras “através de” e não “a partir de”. Repetimos um discurso que nos insere em massa amorfa, construindo uma realidade obtusa e miserável, quase endêmica.

É passada a hora de nos descobrir a partir de cada um, em todo o esplendor. Com nossas convicções as mais carregadas de dúvidas possíveis já que o tempo é diverso, amplo, irrestrito.

É hora não de egos, superegos, ou ids, mas de personas.

Até porque a palavra indiviDUAL, olhe para o final dela, as suas maravilhosas quatro últimas letras, grita para que a gente OLHE com nossas retinas mais puras, limpas, descensuradas para o Outro que nos assusta.

Há outra palavra, belíssima, que quando a soletramos pausadamente como fazem as crianças, porque não compreendem o seu significado, nos transformamos:  DI    VER   GENTE.

Olhe, há um verbo que se fez carne e está entre nós.

Esse Outro, que amamos e deixamos de amar, cancelamos, excluímos, lacramos.

Por quê?


Até breve.


sexta-feira, 12 de março de 2021

MALUCO BELEZA

 

 





A esperança é, às vezes, uma droga alucinógena. Espere... Espere, não desligue, deixe eu me explicar.

Certa vez, deve ter uns vinte anos, fomos eu e família com um grupo de amigos à uma festa em cidade próxima de BH. Alugamos um micro-ônibus, já que rolaria umas e outras e todos queríamos ir e voltar. Vivos.

O micro-ônibus era dotado de vídeo. “Alguém tem uma fita boa aí?”, fui logo perguntando. Um dos passageiros, amigo, disse: “Vocês não podem perder a oportunidade de verem isto. Vai mudar a vida de vocês.”.

Pensei, caramba é tudo que eu quero, sempre, mudar de vida. Fui tão privilegiado ao longo de toda a minha vida que se houvesse alguma mudança viria para melhor.

O vídeo foi colocado uns quinze a vinte minutos depois da partida e a viagem durou pouco mais de meia-hora. Martírio, saca o que é? Pois bem, dobre. Horror total.

Pregação religiosa de droga pesada, com o amigo amplificando os efeitos com comentários e ingredientes químicos de um discurso assustador. Se não nos convertêssemos iríamos todos queimar no fogo dos infernos.

Médico, diretor de hospital, esclarecido, merecia crédito e eu pensei comigo: caramba, diabos é isso?

Pois é.

Lembrei-me desta “viagem” ontem por conta de ter entrado numa de tralhar. Hoje, Pretinha, foi logo me dizendo: “Ê, pai, entrou com política no face book, cuidado!”.

No ônibus, lembro-me, tentei inúmeras vezes interromper meu querido amigo perguntando sobre os mistérios da sua fé. E ele, como que transtornado pela droga, atropelava-se num mantra, repetido a exaustão.

“Tome cloroquina, não use máscara, isvermequitina nas veias...”, ou “Ele é o homem mais puro deste país, pobre, chegou à presidência, para o desagrado das elites...” ou “No meu reino nunca teve corrupção”, ou “Isso é uma gripezinha, coisa para maricas.”

Droga pesada esta esperança.

Quando desci do ônibus, estava com o corpo todo doendo das chibatadas divinas. Entrei na festa, tomei uma, duas e todas as outras que a minha consciência pudesse injetar.

Voltei e adormeci no ônibus. Sonhei e escrevi um poema onírico.

Que eu não conto pra ninguém. Vai que acreditem e vire uma droga.


Até breve!


quinta-feira, 11 de março de 2021

VACINA


 

Quero fazer registro daquele que me parece ser o fato objetivo mais relevante da semana para combater a evolução da pandemia: o acordo formal celebrado entre os governadores.

Um acordo destes é promissor somente por força das circunstâncias em que estão colocados os chefes do executivo estadual, podendo ser inclusive, a posteriori, julgados por crime de negligência, omissão e outros.

Seja por isto ou porque os iminentes senhores de Estado perceberam a imensa chance que têm para entrar na história como aqueles que efetivamente conduziram a saída do país de sua mais cruel crise sanitária.

O espaço abissal deixado pelo governo federal permitiu o acordo e eu torço para que ele logre êxito e nos exponha a lideranças sadias que possam nos servir em futuro próximo como alternativas.

Impelidos pela gravidade da situação, portanto, não acredito que a maioria deles usará a oportunidade para “jogar para a torcida”. Como administradores, ainda que políticos, eles sabem que os cemitérios serão o maior balizador de sua efetiva gestão.

Outro ator de relevância e que a mim tem agradado é o presidente do Congresso Nacional, recém chegado que pode trazer de roldão com sua habilidade a Câmara dos deputados para votarem e com celeridade os projetos emergenciais que se fazem necessários.

E o governo federal? Qual?

Dois ministérios devem brevemente ter seus titulares substituídos e, muito provavelmente, não com o crivo do presidente.  O da Saúde, naturalmente, e o das Relações Exteriores, já que a questão sanitária nunca foi local e sim global e a atuação do chanceler foi lamentável, para não dizer desastrosa.

Não é uma engenharia de governança fácil, seguramente mais complexa do que se tivéssemos uma liderança inteligente e agregadora acima, mas é, me parece a única alternativa que se apresenta já que não é possível debelar o desafio dentro da jurisdição de cada estado. O vírus não se interessa por fronteiras.

Doravante é o que me interessa. O resto é puslítica.


Até breve.


quarta-feira, 10 de março de 2021

TRALHA VI

 


Revelador o discurso de abertura de campanha do ex-presidente.

É indiscutível que ele seja a nossa maior expressão da política institucional brasileira. Brilhante orador, extraordinário carisma, habilidoso nas palavras que excitam à plateia e a sensibilizam às lágrimas.

Por uma única razão: ele revela o sentimento que está presente na quase totalidade dos brasileiros, especialmente no momento presente, quando a lacuna de governo é abissal além da figura detestável do atual mandatário do país.

Líderes como ele são necessários porque conseguem fazer ecoar, através deles, a foz das ruas. Não havendo mais o PT de raiz, nem a bandeira vermelha, resta de uma oposição apenas esse baluarte.

Esta pode ser a parte positiva do seu retorno à cena. Ou não.

O ex-presidente joga com a possibilidade absoluta de ter o volumoso cabedal de processos contra ele prescritos, na medida em que (também por força de quase líquida suspeição do juiz que o julgou) tornam nulos os autos dos processos já julgados.

Portanto, ele pode ser sim um dos principais candidatos em 2022, com chances objetivas, aos olhos de hoje, de vencer as eleições.

Ocorre que, o discurso de abertura de campanha do ex-presidente vela, esconde, camufla a parte mais torpe de sua passagem pelo Planalto. A amplificação da corrupção endêmica e cancerígena que campeia há décadas neste país.

A mim repugna a lógica usada por ele para colocar em questão a Operação lava jato, demanda explícita das ruas em junho de 2013 que, afora os supostos equívocos processuais e/ou interesses duvidosos do juiz que a conduziu, prestou uma contribuição histórica ao país. E a ele, como a boa parte dos que ocupam cargos no legislativo e executivo interessa que ela vá mesmo para o ralo.

O discurso ainda vela e não se responsabiliza pela tragédia que se transformou a sua sucessão, fazendo com que a pobre senhora fosse vítima de vorazes e perigosos ratos de navio em naufrágio. Aliás, se bem me lembro, ela não estava presente no palanque de hoje.

A mim revolta, ainda, a conduta das lideranças deste país: a imensa incapacidade do executivo de plantão, a mais do que intempestiva e inoportuna pauta do judiciário e, agora, o lançamento precoce de campanha de um oportunista.

A Copa do Brasil, parece, começa esta semana e eu espero que ela termine. Se houver atletas e plateia.


Até breve. Espero...


TRALHA V

 

 

Todo ato humano é um ato político. O autojuízo e/ou o juízo que se faz de cada ato é Moral, Amoral ou Imoral.

O ato do juiz em juízo foi um ato político. Imoral pode ter sido cometê-lo, usando de suas prerrogativas, com o forte propósito de eliminar o direito de outrem a gozar de vantagens a que ele próprio se propunha.

O ato do juiz em juízo foi um ato político. Moral pode ter sido cometê-lo, usando de suas prerrogativas, com o forte propósito de ir ao encontro do anseio seu e de milhões de outros que ansiavam para que se fizesse algo para cessar o crime.

Julgar o juiz em juízo é um ato político. Imoral é, em sendo juiz da Suprema Corte, usando de suas prerrogativas, com o forte propósito de eliminar o direito do juiz, cercear as ações para debelar os atos criminosos publicamente conhecidos e abominados.

Julgar o juiz em juízo é um ato político. Moral, em sendo juiz da Suprema Corte, pode ter sido cometê-lo, usando de suas prerrogativas, com o forte propósito de garantir a tese essencial de que “não se pode cometer um crime para debelar outro crime”. Os fins não justificam os meios.

Julgá-los é um ato político. Moral ou imoral, segundo princípios de cada um.

Desconhecer esta assertiva é amoral, que também político.

A Arte é, em si, Política, já que transformadora da realidade.

A buceta escancarada na tela A origem do Mundo, de Courbet, exposta no Museu d’Orsay em Paris, é Política. Esta minha frase sofrerá juízo moral, portanto, político.

Daí o drama de ser sujeito em sociedade. Com viver e conviver com sujeitos políticos.

Sempre achei que Democracia começa com Demo, com o outro, como queria Sartre: “O Inferno são os outros”. Esquecer isto é um ato político de arbítrio, próprio dos déspotas.

Tudo isto para dizer que, como artista e consultor empresarial, estou fazendo um juízo largo de meus atos, já que é, em essência, descobrir-se e aplicar-se no mundo.

Com que Moral?

Morô?


Até breve.



terça-feira, 9 de março de 2021

TRALHA IV

 

Não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar.

Os criminosos colocaram a justiça na condição de ré.

O Supremo julga o juiz que teria, por razões sejam quais forem, “perseguido” o acusado imputando ao infeliz pena indevida através de processo contaminado por inúmeras irregularidades. Caso clássico de que os fins não justificam os meios.

Por sua vez, o Supremo faz mea-culpa na medida em que se coloca também como responsável por ter permitido o desenrolar de processo que, na origem, seus ministros sabiam da inadequada instância em que transitava.

Os criminosos? Serão levados ao Juízo Final, instância de que há controvérsias da sua existência.

O que atenua esta tragicomédia é que a população carcerária não goza dos mesmos “direitos” dos criminosos palacianos e nem dos recursos saqueados dos contribuintes para amplificar todo este circo de horrores.

Enquanto isto, menos de 2,0% da população brasileira está, supostamente, integralmente imunizada de um vírus menos letal do que as lideranças que têm dirigido este país. Enquanto a COVID é breve e nos mata por asfixia, as lideranças nos fazem morrer lentamente de vergonha e desesperança.


Até breve.


TRALHA III

 





Meu pai tinha uma oficina de mecânica pesada em um balcão em frente à nossa casa em Santa Teresa. Ele trabalhou a vida inteira sozinho, nunca teve sequer um ajudante. Ele modelava peças gigantes de equipamentos para indústria cerâmica, plainas, tornos, betoneiras, marombas. Levava para um amigo que tinha uma fundição no bairro Floresta, fundia em ferro e montava usinando-as e apertando até a última porca de cada parafuso. Sozinho.

Minha mãe, de quando em vez, adentrava a oficina e com seu jeito doce de ralhar com o marido bradava: “Pepe, como você consegue viver com essa tralha toda? Vou mandar os meninos limparem isto agora!”

Os meninos eram eu e meu irmão mais velho dois anos, Getúlio. Tralha era todo tipo de inservíveis que meu pai ia depositando pelos cantos da oficina, peças substituídas, pedaços de paus, limagem de ferro, os cambau.

Entenderam, não?

Pois é, ontem a Justiça trouxe de volta à oficina de horrores uma peça mais do que usada, de utilidade nefasta.

Que falta faz uma mãe de chicote, vara de marmelo ou chinelo em punho, para fazer com que seus meninos limpem de vez essa tralha.


Até breve!


sexta-feira, 5 de março de 2021

TRALHA II

 


Ainda sobre a tralha. Não sobre ela em si, porque repugna. Meia dúzia de palavras sobre o que dela resultou: uma sociedade em frangalhos, que a mim desespera.

Estamos há décadas nos digladiando em diferentes instâncias, até as mais íntimas, sobre em que mãos vamos colocar o nosso destino. E o debate vem esgarçando o tecido das já naturalmente frágeis relações.

Famílias se romperam, casais, parceiros comerciais, intelectuais, artistas, amigos históricos em defesa de qual dos proponentes aos palácios é mais honesto, se da direita ou da esquerda, se vermelho, verde-amarelo, azul, com convicções próximas à daqueles que julgaram as Bruxas de Salem.

Além da miséria econômica profunda, que nenhum “auxílio” indigno vai dar conta de tamponar todo o fosso em que se abriu a vergonhosa injustiça, a tralha nos legou a miséria relacional. Nossos projetos estão prejudicados porque não é possível o diálogo.

Uma sociedade em que não há diálogo de propósitos é uma sociedade miserável.

Nossas referências para o debate estão caducas, postas no milênio passado, “acusamos” o nosso oponente como comunista, ou capitalista, fascista, termos já carcomidos pela modernidade.

Nada mais vazio que uma suposta ofensa ideológica. As ideologias resultaram inúteis, nossos luminares ideólogos do século XIX e XX as formularam em um tempo absolutamente distinto do que vivemos no presente.

A tralha ainda as usa para dar um verniz sórdido ao debate. E a sociedade “aceita” com traço de catatonia aguda, sintoma marcante de sua patologia.

Sim, adoecemos e o estado é grave. Não bastasse a complexidade de construir um outro tempo diante de tantas variáveis complexas, fomos vitimados ainda por uma moléstia em escala global.

Torna-se, portanto, imperioso que se alargue a escuta do outro para que se dissipe tantos entulhos de significados e significantes contaminados por uma cegueira e surdez trazidas por satrapias.

É passada a hora de nos perguntarmos: em que mundo quero viver o melhor de meus dias, onde, com quem e sobretudo, por quê.

O filósofo (*) “louco” escreveu: “Quem tem um porque para viver, pode enfrentar quase todos os comos.”. Mesmo que, para tanto, tenha que abandonar essa tralha.


Até breve.

(*) Nietzsche


quarta-feira, 3 de março de 2021

TRALHA

 




Há pelo menos duas décadas e meia estamos construindo uma catástrofe que agora, apenas os insanos não querem aceitar, se vê agravada pela hecatombe pandêmica.

Depois de viver tempos alucinantes com inflação mensal na estratosfera (em fev/89 de 84,32%) o Brasil entrou na Real em 1994 e, parecia, havia encontrado um rumo. Só que não.

A política que forjou a solução econômica foi a mesma que desandou e expandiu a barbárie ética, secularmente adotada. A compra de fotos do então Presidente da República para que fosse ampliado o seu mandato. Coisa pequena, se comparada ao megacasino em que se transformaram as práticas palacianas que se sucedem desde então.

Havia uma esperança no ar no início dos anos 2000.

Meirelles com sua engenharia financeira expansionista forjou uma ilusão nunca vista neste país. A festa do emprego e renda com sua bolha perversa de consumo nas alturas através de expansão de crédito. O Brasil com emprego e com capacidade de compra de um tudo, de casa a agulha de tricô em prestações a perder de vista. Um país de maravilhas. Só que não.

A festa vinha financiada por trilhões de reais de evasão fiscal através de inúmeras negociatas de redução de impostos, especialmente para empresas internacionais; perdão de dívidas através de refis gigantescos, somados aos saques do vírus cancerígeno em metástase de uma corrupção endêmica. E dá-lhe pedaladas e garfadas homéricas.

O “sapo barbudo” elegeu um poste, a pobre senhora, mais firme que prego no angu, foi defenestrada por cunhas de gangsteres muito mais forazes do que os avermelhados associados das “big five” empreiteiras com seus departamentos de operações estruturadas.

Em junho de 2013, num átimo de lucidez o povo (?) foi para as ruas para acabar com a orgia palaciana e pediu a cabeça da bandalha e à jato.

Surgiu o FORA FULANO que, dali para cá, virou slogan de cegos desesperados.

O primeiro a ouvir o brado do povo, foi o inquilino de plantão do Palácio da Alvorada. Talvez o que menos tenha agravado o circo de horrores, ainda que sua passagem tenha sido também marcada pela sangria dos cofres via evasão fiscal e uma reforma trabalhista tão ou mais esquizoide que a anacrônica legislação original.

O desastre maior deu-se em 2018, quando o povo foi pressionado democraticamente a votar em quem não queria. Uns votaram em um para que o outro não vencesse as eleições. Uns votaram no outro para que o um não vencesse as eleições.

Ficamos entre o pior e o pior, portanto com o pior. Só que não.

Por mais que pudéssemos imaginar, nossos piores prognósticos desaguaram em algo mais do que pior. Um horror.

Hoje estamos diante de algo dantesco: na saúde (1910 mortes em 24 horas); na economia (PIB de 2020 negativo de 4,1% fazendo o país deixar o ranking das 10 maiores economias do mundo) e, naturalmente, na política com indefinições atléticas entre quem manda no país, nos estados, nos municípios, nos bairros, nas casas, na cama.

Detesto chover neste ensopado. Eu deveria é limitar-me a postar minhas cenas familiares e recolher-me à minha posição de cima do muro. E, por favor, não é “de acima” e nem “de encima”.


Até breve.