quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

INSANAIDADE

 


Final de ano, tempo para balanços. E eu me permito balançar para além do tempo que finda. Este ano atípico, sui generis, pandêmico.

Formulo, próximo de alcançar (pelo menos eu espero) sete décadas de vida, uma síntese.

Ao longo desde período, que observei através de minhas mais do que desfocadas lentes, fomos governados por três tipos de figuras históricas: os ditadores de meio-coturno, os gangsteres e os transloucados.

É fácil, suponho, de encontrar os sujeitos e as categorias aqui apontadas para classificá-los. Vamos ter pouca polêmica entre nós, o que é uma pena. Pólen é o órgão das plantas que as fazem germinarem.

Vamos lá, então.

Na categoria de ditadores de meio-coturno, combatidos por revolucionários à moda de exércitos de Brancaleone e sem Sierra Maestra, temos aqueles que se autonomearam como tal e, portanto, desnecessário lembrá-los. Talvez Medici, o mais cruel, Figueiredo (o amante de cavalos e não de povo), e Geisel, este sim que nos deixou uma das pérolas da época: “Vamos conceder a liberdade vigiada”.

A dos gangsteres, aqui em que pese nauseante, aponto apenas os mais torpes: Dom Sarney de Los Marimbondos de Fuego, Dom Marcos Maciel El Varapau, Dom Paulo Maluf de El Comtex, Dom Antônio Carlos Magalhães El Imperador del los côcos, Dom Michel Temer El Verdugo e, El Major traidor del a Esperanza, Dom Lula.

Na categoria de transloucados, que fizeram enriquecer nossos melhores e sagazes humoristas: Jânio, Itamar, Collor e Dona Dilma. Difícil apontar aquele mais caricaturesco ou mais trágico, senão fosse cômico.

Este que está aí? Deixo com vocês a tarefa de classificá-lo.

Desde que ele subiu a rampa do Palácio da Desarvorada eu perdi o interesse de me ocupar com este assunto.

Até chegar aos setenta, devo catalogar trezentos ou quatrocentos mil acessos no blog. Não é muito, aliás é muito pouco, para quem (transloucado) imaginava vestir-se de libélula na entrega de prêmio na Suécia.

Os próximos anos? Estou a criar galinhas, no máximo entre 15 e 16 e um galo.

Vera sempre me questiona como que um homem que vai fazer sessenta e nove anos em fevereiro do ano que vem, se é que ele vem aí, não sabe cuidar de um galinheiro.

Pois é.


Até breve.


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