“As
pessoas usam o Google porque querem, não porque são forçadas ou porque não
conseguem encontrar alternativas.”
Kent Walker,
vice-presidente do Google
Eu
não acho, mas devo sim pedido de desculpas ao leitor que ainda me acessa. Desde
que iniciei a edição de meu blog foi o período mais longo de ausência.
Pois
é, continuo vivo, pelo menos nos contornos oficiais que dão a cada um de nós
esta condição. Estar vivo ainda é demonstrável. Digo isto porque, aposentado
que sou, anualmente sou obrigado a apresentar-me ao banco pagador do meu
malefício inessiediano e, de posse da carteira de identidade e cartão do banco,
mostrar-me vivo.
Existencialmente,
continuo com dúvidas.
Existir,
ou pelo menos fazer questão de, está sim cada vez menos interessante.
Há
alguns meses deixei de acompanhar noticiários, decapitações em via pública de
professores nos arredores da cidade luz, campanhas eleitorais aqui e acolá,
cuecas abarrotadas de reais desestéticos e deséticos, aumento da criminalidade
e, ainda, a 19, não, muito obrigado.
Prefiro
o ignoramismo, termo cunhado agora para sugerir nanismo de realidade objetiva
traumática nauseante crônica.
Por
outro lado, há sim algo do que se poderia cronicar.
O
Estado americano ingressou em juízo contra a Google, este truste. Não é embuste
não, é pra valer. Li hoje no Estadão.
De
há muito deveriam ter acabado com este absurdo. “Alguém” que sabe tudo, sobre
tudo, de tudo, de todos, sobretodos, para e contra todos. Não é o fim? Onde vai
parar o Estado soberano se trusticamente alguém se achar capaz de substituí-Lo?
Aí,
jesuses, mamãe me acode! A coisa ficou muito explícita agora.
Quero
viver pra ver se vai acabar em pizza, em um acordo leviano entre causídicos
afortunados em verdes notas. Até na América, quase sempre, o filme acaba nestes
tipos de acordos.
Enquanto
o já sabido não ocorre, eu me permito, parodiando o Descartes (Penso, logo
desisto), supor o que viria se o google passasse a imperar. Se bem que, se já
não impera enquanto o Estado durmência em sua catatonia...
Só
que isto eu não conto pra ninguém ainda que eu pudesse ganhar uma nota se
colocasse num provável best seller.
Pois
só não o faço por isto. Não coloco a mão em notas cuja melodia e letra desandam.
Até
breve.
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