Publiquei
em minha página do FB:
Mais
de duas pessoas, gentilíssimas, perguntaram-me sobre minha ausência daqui e do
meu blog.
Respondo:
estou reduzido à minha insignificância, tentando ocupar-me com aquilo que sobra
de mim.”
Claro
que “insignificância” resume numa provocação aos afetos. Do lado de cá eu peço
atenção, como desde sempre o fiz.
Adoro
o palco, holofote, ribalta.
Imagina
se minha luz não fosse incendiosa, reluzente, esclarecedoramente provocante.
Especialmente agora, covidante tensão no obscurantismo que grassa.
Recolher-me
é sempre um trabalho articulado de fuga, um ato de loucura controlante. Não
fosse essa loucura, estaríamos em cavernas, recolhidos aí sim à insignificância
natural.
De
jeito maneira nenhuma, sem chance.
Agulhar
ruge, ou será urge?
Sempre
souberam todos que a pretensão é traço da minha humildade. Eu sempre soube de
um tudo que interessa. O resto é frangalhos, outros alhos, bugalhos.
Vou
direto ao ponto.
Isolar-se
é um ato necessariante. Mesmo que alarmado pelos circunstaciamentos virais. Não
sei por que, mas lá atrás, de há muito imaginava que um dia em acabaria sozinho
aqui luziamente falando.
Santa
Luzia é padroeira dos olhos, pelo menos eu acho.
Aqui,
do alto de minha solidão compulsória e compulsiva, dá para ver uns trens, bem
encadeadamente, um com o outro, um a partir do outro, um condicionando outro,
como numa teia.
Urge
a Existência.
Assisti
na Netflix o filme do dilema das redes. Os caras que inventaram o monstro
querendo que seus filhos não padeçam das garras. Bacana o contemporâneo, tem
alucinação geral até sem pico na veia.
É
só sair das cavernas e com néctar, pirar geral.
Tem
trocentos anos que passo por uma avenida em BH, a Cristiano Machado. Diversos
viadutos cruzam a via sustentados por pilares. Em alguns deles foram pintados
poemas. Simbólica imagem. A poesia como sustentáculo dos andares.
“Pássaros
voam livres presos por ares”... (verso de um poema).
Voltei
às garras.
Até breve.
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