“Cada manhã, para ganhar meu pão / vou ao mercado onde se
compram mentiras. / Cheio de esperança / incluo-me entre os vendedores”.
Bertold
Brecht, “Hollywood”:
Estou
novamente em crise. Como se eu tivesse mesmo saído da última. É que não dá para,
em acompanhando minimamente o que se passa, não viver permanentemente em crise.
Saí
novamente do Face book. Voltei pro blog.
Vou
escrever menos o que amplificará minhas crises. Apoio-me em Millor: “as pessoas que falam muito, mentem sempre,
porque acabam esgotando seu estoque de verdades”.
CENA UM
Segundo
estudos do Banco Mundial no mundo, temos hoje em torno de 821 milhões em
situação de insegurança alimentar - mas há 135 milhões que realmente passam
fome. São pessoas que estão não só na insegurança, mas não têm a cada dia o que
comer.
O estudo estima que em torno
de 130 milhões vão se juntar a esses 135 milhões, formando 265 milhões. Vai
dobrar o número de pessoas com fome crônica no mundo devido ao vírus e à crise
econômica que vem junto.
No Brasil, que é o oitavo
país mais desigual do mundo (estamos à frente de seis países africanos e da
Guatemala), a estimativa é de que cerca de 5,4 milhões de pessoas – o tamanho
de um país como a Noruega – passem para a extrema pobreza por conta da
pandemia. O total chegaria a quase 14,7 milhões de pessoas até o fim de 2020,
ou cerca de 7% da população.
CENA
DOIS
Em 24 de abril, os onze
ministros do STF votaram contra uma lei da cidade de Novo Gama sobre a chamada “ideologia
de gênero”. A expressão é usada por grupos conservadores e religiosos
contrários ao debate sobre diversidade sexual e identidade de gênero.
Declaração do Presidente da República hoje: “Sabemos que, por 11 a zero, o STF derrubou
uma lei municipal que proibia ideologia de gênero. Já pedi ontem para o major
Jorge Oliveira, nosso Ministro da Secretaria Geral, para que providenciasse uma
lei, um projeto federal. E devemos apresentar hoje esse projeto com urgência
constitucional”.
CENA
TRÊS
O vídeo fala por si.
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