sábado, 11 de janeiro de 2020

IMPRECIONANTE (*)


Foto: Taba Benedicto/Estadão




Não considero Saber algo que, nestes tempos, seja relevante. Até porque todo saber está catalogado e à disposição instantaneamente para bilhões de habitantes do planeta.

Para os excluídos ao acesso à tecnologia, Saber seguramente não é produto de necessidade já que fome é de outro gênero mais crítico.

Nunca se pôde Saber tanto dada às liberdades cada vez mais francas ao redor do mundo. Mas Saber, além de ser irrelevante, não convém.

Com todo mundo que convivo que procura Saber se decepciona inclusive sobre si mesmo. Além de entrar numa de ensimesmar-se e afastar dos convivas, inclusive os mais próximos. Saber isola.

Saber é perigoso. Cria realidade completamente defasada daquela que se apresenta, especialmente em redes sociais e em páginas da mídia. Saber aliena, portanto.

É possível viver sem Saber? Claro que não. Então como Saber e ainda assim conseguir viver uma vida boa e integrada ao meio em que se vive? Lendo, claro. Mas ler o quê? O que todo mundo tá lendo, claro. E o que “todo mundo tá lendo”?

Os 15 livros mais vendidos no Brasil em 2019, segundo Pesquisa feita pela Nielsen a pedido da Babel:

1.    A Sutil Arte De Ligar O F*da-Se, de Mark Manson (Intrínseca)
2.    O Milagre da Manhã, de Hal Elrod (Best Seller)
3.    Do Mil Ao Milhão. Sem Cortar o Cafezinho, de Thiago Nigro (HarperCollins Brasil)
4.    Seja Foda!, de Caio Carneiro (Buzz)
5.    Brincando com Luccas Neto, de Luccas Neto (Pixel)
6.    As Aventuras na Netoland com Luccas Neto, de Luccas Neto (Nova Fronteira)
7.    O Poder da Autorresponsabilidade, de Paulo Viera (Gente)
8.    Os Segredos da Mente Milionária, de T. Harv Eker (Sextante)
9.    Me Poupe!, de Nathalia Arcuri (Sextante)
10. O Poder da Ação: Faça sua Vida Ideal Sair do Papel, de Paulo Vieira (Gente)
11. Pai Rico, Pai Pobre – Edição de 20 Anos: Atualizado e Ampliado, de Robert Kiyosaki (Alta Books)
12. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie (Nacional)
13. Mindset, de Carol S. Dweck (Objetiva)
14. O Poder do Hábito, de Charles Duhigg (Objetiva)
15. Mais Esperto Que o Diabo, de Napoleon Hill (CDG)


Alguém daí leu algum da lista? Nem do Luccas Neto?

Ora, me poupe!


Até breve.

(*) Ortografia já atualizada dentro dos ditames correntes do Ministério da Educação, ops, Educassão.

2 comentários:

  1. Confesso pesarosamente que li trechos do Dale Carnegie, mas depois de mais de quarenta anos passados ainda bem que os esqueci :)

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