sábado, 18 de janeiro de 2020

CÂNDIDA




A dissimulação, a mentira, o escárnio governam. Há décadas. Ou serão séculos?

José Sarney: “Juro que é o último Plano.”.

Fernando Collor: “Elba? Que Elba?”.

Itamar Franco: “Juro que eu não sabia que a menina estava sem calcinha...”.

Fernando Henrique: “Juro que não movi uma palha para a extensão do meu mandato.”.

Lula: “Mensalão? Que Mensalão?” “Sítio, que sítio?” “Triplex, que tríplex?” “Odebrete? Somos apenas amigos...” “Eu nunca nomeei ninguém como diretor...”.

Dilma: “Na época eu era Presidenta do Conselho, o relatório sugeria a compra de Pasadena.” “Pedalar? Todo dia em torno do palácio.”.

Bolsonaro: “Eu não conheço esse Wagner.”.

O drama dessa figura feminina chamada sociedade brasileira é um roteiro de Nelson Rodrigues. Traída sistematicamente por seus maridos está sempre acreditando que eles se emendarão. Afinal fica com eles por causa de seus filhos.

Ocorre que não é da época do iluminado dramaturgo o feminicídio. Na atualidade o drama ficou mais grave. Hoje pode até ocorrer.

O marido atual fica entre um diagnóstico de idiota ou psicótico perverso, clinicamente falando. No dia anterior do último episódio, ele se reuniu com o secretário e fez elogios explícitos. “Agora o país tem cultura.”

Depois da ópera bufa, acontecido o fato, o secretário foi pra rede dizer que pediu demissão para “proteger o presidente”.

E a sociedade acreditou.

Tolinha essa sociedade, né?


Até breve.

2 comentários:

  1. É tudo um grande teatro, Agulhô. E com algumas catarses: carnaval, copa do mundo, Natal , Dia disso e daquilo. Depois, novas eleições e novas esperanças. E a vida vai passando no nosso cigarro...

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    1. Hoje escrevi um post indignado. Não quero morrer de cancer nos pulmões.

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