Pediram-me
alegria.
Basta,
Agulhô, de tanto astral dow. Leva pra cima o seu texto. Onde foi parar o seu
humor, sua ironia?
Fale
sobre o amor. Sobre Lelê, Liz, Tim e Totô, seus netinhos queridos. Deixe nossas
mentes adormecerem e arrebate nossos corações. Busque o melhor de sua veia
poética e nos acalente um tempo.
Ninguém
mais aguenta análise ou denúncia de fatos. Eles são tão contundentes e óbvios,
que gastar telas e telas com esse tema, acaba em um porre e em uma ressaca de
amargar.
Outro
ponto: não tente falar entre linhas nos seus posts sobre filmes, peças e livros
que ninguém leu ainda e provavelmente, até por sua indicação, jamais lerá. Você
mesmo não se compreende, como espera que alguém se interesse pelo que você
escreve? Já há muitos labirintos, você ainda propõe os seus próprios?
Tenha
dó!
Fale
sobre a beleza. Lembra que certa vez você postou no Facebook uma foto do pé de
lichia do sítio carregado das frutas exalando um vermelho abissal natalino?
Tire outra foto deste ano, nos mande e diga algo que nos faça renovar esperanças.
Vamos
cara! Conte-nos pelo menos uma piada.
Tá
bom, tudo bem. Bora lá.
Renato,
colega de um Conselho de Empresa da qual faço parte, nos contou ontem que
Paulo, seu amigo, também corredor de rua (dessas inúmeras que hoje têm em BH)
perguntou se ele iria correr em determinada prova há algum tempo. Renato
respondeu que não e Paulo perguntou se poderia correr com o número de inscrição
dele. Renato disse que sim e emprestou o crachá.
Poucos
minutos depois de terminada a corrida, Renato recebeu um telefonema de Paulo,
ofegante.
-
Aí, cara, brigado hein! Você acabou de tirar o terceiro lugar na prova. Correu
a média de 15km/h. Parabéns!
Infame,
né? Mas da vida real.
Não,
Agulhô, nos conte uma piada de português, de bêbado, de doido, de veado ou de
negro. Aliás, nos conte uma piada que integre estes personagens,
politicamente incorreta.
O
Secretário da Descultura Federal empossou o presidente da Fundação Palmares,
instituição criada para defender e promover a integração e o desenvolvimento da
cultura afro-brasileira.
Num
é que o sujeito no discurso de posse disse que as novas gerações devem
agradecer pela escravatura, e que os negros no Brasil vivem muito melhor do que
aqueles da África?
Mas
isso não é propriamente uma piada, Agulhô! Por favor, concentre-se.
Ah,
sim, a piada. Perguntado por jornalistas sobre a declaração do comandante da
Palmares, o Presidente da República, declarou.
-
Eu não o conheço pessoalmente...
E
o bêbado, falta o bêbado, onde ele entra?
Ah,
verdade. Faz parte de outra, ótima. Sujeito oculto no processo julgado nesta
semana na TRF-4, de um tal de sítio em Atibaia. Viram as teses do advogado de defesa?
Eu
chorei de rir.
Prometo
que, no próximo post, conto piadas menos infames.
Até breve.