A
semana que vem promete.
Segunda
chega a BH, Bernardo, o meu mais novo. Vem de fez do nordeste, por onde andou
nos últimos três anos a procura de si mesmo. Não sei por que, mas sempre achei
que este menino teve a quem puxar.
Na
quarta, à noite, desembarcam Pretinha, Liz e Tin, para uma visita de seis ou
sete dias. A energia que dispendo com minha filha é infinitamente maior do que
aquela que me consomem meus netinhos.
Vladimir,
o mais velho, deve seguir sua vidinha maneira com suas artes mecatrônicas,
principalmente depois que, surpreendentemente, entrou numa de Pilates e RPG.
Não me conformo com isso.
Na
quarta, concorrendo com o ufanismo pela chegada de Pretinha e dos meninos, tem
Grêmio e Flamengo. Na tristeza que se tornou também o futebol brasileiro, deve
ser um jogo que mereça acompanhar. Os dois times têm jogadores que sabem que a
bola é redonda.
No plano mais alto, segue a tragicomédia.
Os
delirantes perversos, que não deixaram ainda o palanque, seguirão com suas falas
e posts que, se horrorizavam no início, a cada dia que passa tornam-se mais ridículos
e desarticulados. Nem à bolha nas redes sociais a quem se destinam parece
interessar.
Se
bem que vivemos pilhérias melhores com ex-moradores do palácio, quando o
principal inquilino, na época uma senhora, tinha planos de estocar vento.
Na
quarta, também, aí sim deve acontecer algo de relevância. O STF conclui o
julgamento de um HC que pode reverberar em centenas de sentenças promulgadas contra
o bando de pacientes (o Direito cunha termos técnicos hilariantes) integrantes
das quadrilhas do milhão/bilhão.
A
senhora Justiça está com um olho vendado – para as quadrilhas do tostão – e outro
bem aberto para as quadrilhas do milhão/bilhão. O veredicto será modulado (ah,
o Direito!) para quem deverá alcançar a graça.
Alguém
tem dúvida aí do que deverá vir?
Não
sei por que não se promulga uma lei fixando um percentual propinântico e institucionalizamos
de vez o que constitui nosso caráter. O que gastamos com estes processos
judiciais deve orçar na mesma medida do que nos foi rapinado. Gastaríamos a
metade com nossa bandalheira.
Por
sua vez não está previsto para a semana que vem, pelo menos que eu saiba, o
desfecho do drama circense entre o ex-Procurador Geral da República e um dos
elementos da Suprema Corte. Ao que parece, com a determinação de que o
potencial “facínora” deverá se manter
a trezentos metros de distância do Tribunal, não deveremos ter nas nossas
estatísticas o registro de um crime a mais, seguido de suicídio.
Enquanto
isto, no Brasil Real, a semana deverá seguir com regularidade registrando a barbárie
de assassinatos por balas perdidas e crimes como o que vitimou a jovem
universitária de 19 anos, filha única que tinha planos de se casar em janeiro.
Ela pediu a um homem que a ajudasse trocar o pneu de seu carro.
O
criminoso saiu da cadeia há coisa de mês e meio.
Até
breve.