- E aí,
Agulhô... Tá botando fé, não? Fui abordado ontem por uma amiga com esta
prosaica questão.
Acordei
de madrugada com esse trem me martelando os trilhos neurais. E aí me lembrei de
meus antepassamentos para encontrar veio e postar.
Estivesse
viva minha mãe engrossaria o rol daqueles que elegeram o atual comandante.
Pelas mesmas motivações ela teria escolhido o da “bala na agulha – caçador de
marajás” há trinta anos e o da vassoura há sessenta.
Minha
mãe era uma mulher convicta e focada no bem a qualquer custo. Tanto que não
poupou a nenhum de nós. Arremessava o que estivesse a seu alcance para nos
apontar o caminho do bem. Surras eu levei de todos os dispositivos pedagógicos.
Meu
pai, do alto de sua ignorância mais do que absoluta extraída do fato de nunca
ter lido um livro sequer na vida, secundava-a com uma expressão emblemática: “Eu
sou um homem reto”!
Ambos
foram vitimados pelo Bem. Cegos das duas orelhas, com uma truculência a toda
prova, não importavam a eles os meios, mas os fins.
E
foi assim.
E
eu não acho que tenha sido um privilégio de meus pais (queridos, ainda que
aparentemente eu os espinafre aqui). Milhões de brasileiros sobreviveram e
ainda sobrevivem, em que pese toda a avalanche de informações, na mesma expectativa.
Haverá
alguém que nos governe em direção ao Bem.
Jânio,
Collor e
Messias em um intervalo histórico, entre um e outro, de trinta anos, explicitam
a demanda brasileira: o Bem.
Reconheço
que a erradicação do Mal com vassouras, antídotos marajaenzes, tudo pelo Brasil
e Deus acima de todos não são, no fundo, uma ideia estapafúrdia. Faz sentido. O
que nestes sessenta anos se produziu de vilania jamais será de todo
contabilizado.
Então
somente um Santo Guerreiro será capaz de nos livrar do Mal, amém.
O
problema é que homens podem ser guerreiros, mas santos, eu tenho cá minhas
dúvidas. Até porque o Bem sempre colocará em cheque quem está do lado do cabo e
quem está do lado do chicote.
Pois
é.
--
E
aí, Agulhô... Tá botando fé, não?
Liz
fará, no dia 01 de agosto, sete anos de idade. No sábado agora vamos fazer uma festinha para ela no sítio.
Acho
que isto não é, de todo, mal.
Até
breve.
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