Vão
dizer que eu entrei no Bolso.
Mas
gostei do discurso do Ministro. Parte dele, boa parte dele. Do discurso, claro.
Gosto de ele ter usado Clarice e Pessoa, esses monstros sagrados.
Desvelamento,
liberdade e conhecimento. Deixemos de olhar o espelho e nos voltemos às
janelas.
Quase
uma síntese de um tudo que foi dito.
Gosto
de manifestações apaixonadas, dos transloucados, dos que creem. Gosto, porque
me identifico. Mesmo que visceralmente não acordado para o que é dito, mesmo me
corroendo todo, mesmo sendo radicalmente contra, quase odiando (já que não sou
capaz).
“Respeite
as leis más. Você poderá se ver em situação de criar boas leis e não deverá dar
a ninguém o direito de desrespeita-las.” J. J. Rosseau.
Gosto
da explicitação, prefiro à dissimulação que nos leva ao engodo. Mesmo que o que
se explicita esteja carregado de matizes, nuances.
Gosto
da coragem, que coloca o coração em risco. A Vida em risco.
Policarpo
Quaresma na veia.
Este
país ainda descobrirá seu ideal. Mesmo que se torne um grande Portugal.
Gosto
de ir às entranhas, remexer, da angústia de ser.
Gosto
da história do menino de vinte e dois anos que entrou no ministério e viu o
quadro de Dom Pedro I bradando com a espada às alturas. Tão marcado pelo fato
que este menino hoje, senhor da casa, clama pela mesma liberdade e diz não ter
medo.
Dois
posts, dois nervos (Íris e Tupi): Família e Pátria.
Caramba
e nós que achávamos que iriam mexer na Previdência, mas serão tão
imprevidentes?
Quem
viver será?
Até
breve.
NOTA:
Os índios de língua tupi habitavam quase todo o litoral brasileiro, pela época
do descobrimento, e foram os primeiros a estabelecer contato com os
colonizadores europeus.
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