A
atual ocupante da pasta ministerial da Mulher, Família e Direitos Humanos,
presa-fácil aos brilhosos caçadores de plantão do ridículo, do escrache e da
pilhéria, trouxe à tona algo relevante, ainda que não original e nem daora.
Além
de ter alimentado a fome da idiotia que vaza uatisapes, o que é indispensável
para manter a normalidade democrática da nossa republiqueta, a Ministra arrasta
mares para uma tempestade de questões de nervo.
Consultada
pela repórter-sorriso da Globonilsa, sobre o que viria a ser a parcela
ministerial da arquitetura do estado atual que cuidaria (?) da Família, a
pastora alertou a todos os rebanhos para um alarme.
Eu
acho. E, sempre que eu acho, já sabem. Não procurem.
Ela
advoga - sim ela é causídica de Vade Mecum jurídicos na cabeceira - a tese de
que o Estado deve intervir no seio da célula-mater da sociedade. Foi
defenestrada pelos globares gozadores (em duplo e múltiplo sentido) de que
agora o Estado também invadiria o sacrossanto espaço da cidadania que é o lar.
Hum...
Hum... Tumoristas da rede uni-vos. Aí tem material de sobra para dois ou três
mil vídeos esclarechadores.
E
um, se tanto, ponto de reflexão.
A
auto e alta regulação pelo mercado, opção compulsória da tendência do
neocapitalismo, tem gerado graves consequências na constituição dos vínculos
que mantém a civilização minimamente equilibrada (lato sensu).
As
inúmeras rupturas que redesenham a constituição química da célula-mater têm
trazido consequências alarmantes e profundas na estabilidade do seio daquilo
que, também está por se redefinir, enquanto Família.
Há,
visível a olho nu, evidências grosseiras dos males da desagregação trazida por
inúmeras circunstâncias, da célula. Fiquem tranquilos: meu filho mais velho já
me alertou para eu não dar uma de moralista.
Correndo
o risco e merecendo ser queimado no fogo dos infernos, insisto. Está aqui um
tema relevante a ser pensado pelos intelectuais minimamente responsáveis.
O
que está em reformulação ultrapassa os territórios do Homem (elemento da cultura,
portanto no campo Moral) e invade o território da Humanidade (vastíssimo campo
da Ética).
Quando
a discussão trata se um casal homoafetivo pode adotar, ou gerar in vitro um ser, e tendo a criança
passado a viver em companhia isto é família, é uma questão Moral.
Quando,
por circunstâncias diversas e pelas mais cruéis e avassaladoras razões tornam o
Homem impotente diante de sua própria realidade, enquanto construtor da
Família, rompe os vínculos da tessitura mater da sociedade, aí sim é uma
questão Ética.
O
desemprego decorrente da neoeconomia fundada na extraordinária tecnologia; a
desigualdade de oportunidades advinda da configuração geográfica e da riqueza;
os inúmeros atos vis cometidos pela espécie humana contra si própria via
guerras, terrorismo, que implicam em milhões de refugiados, isto sim é uma
questão de Estado.
Se
quiserem podem reduzir o debate.
Meninos:
azul. Meninas: rosa.
O
que será do arco-íris?
Até
breve.
NOTA:
Em anatomia, a íris é a parte mais visível (e colorida) do olho de vertebrados,
e tem como função controlar os níveis de luz, assim como faz o diafragma
de uma câmera fotográfica.
Agulhô, o poder público, na incapacidade de resolver questões que efetivamente lhe são próprias, quer entrar no seio das famílias, nas cores dos pijaminha... É as oposições retroalimentam discussões a respeito, ocupando-se- com a cegueira e interesses da mídia e de outros grupos- de temas que passam longe das verdadeiras demandas da população. Vivem um daltonismo de cinquenta tons de cinza num mundo que tem milhares de tons coloridos.
ResponderExcluirSim, Julinho. A questão das cores nos pijaminhas ou onde mais couber são filigranas, embora encontrem ressonâncias apaixonadas. O que procurei no post foi dar guarida a uma questão, na minha opinião relevante e do escopo das funções do Estado, são as políticas públicas que minimizem os impactos sociais e políticos levanto à ruptura de famílias. No plano global, as guerras e o exodo e no plano local a questão do desemprego, da ausência de oportunidades na região domiciliar e outras mazelas.
ExcluirConcordo, Agulhô. Acredito que estamos tendo a oportunidade de resgatar valores, especialmente de família. E termos o "direito" de expressar nossas opiniões, sem o risco de ser censurados como caretas. Estamos juntos nessa.
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