terça-feira, 7 de agosto de 2018

QUIMERAS






Hoje, pela manhã, tive uma ideia. É raro, mas, ás vezes, acontece.

Se acolhessem minhas ideias, ainda que raras e rasas, não estaríamos aqui. Estaríamos em outro lugar, estou certo.

A ideia é a seguinte, até que eu tenha outra que, igualmente, não será acatada.

Cada candidato à Presidência da República teria que, uma vez aprovada à sua candidatura, das 21:00h às 22:00h, em cadeia nacional de TV, diante do Congresso Nacional presidido pelo presidente do STF, apresentar a sua visão dos principais desafios colocados ao país no momento e os planos e meios para a superação dos mesmos.

Ao longo da campanha à Presidência o candidato poderia fazer ajustes que, sobre seu juízo se fizessem necessários, mas no dia 31 de dezembro o candidato eleito teria que apresentar novamente ao Congresso Nacional presidido pelo presidente do STF sua versão final de seu programa de governo.

Esta apresentação serviria no futuro como elemento fundamental para o acompanhamento do governo, cabendo ao presidente eleito a responsabilidade de prestar contas, durante o mandato, dentro do mesmo formato quando da apresentação de seus planos.

Assim, as instituições centrais da governança teriam a visão objetiva e clara dos planos, bem como toda a sociedade estaria informada e em condições de debater e sancionar pelo voto o plano que a seu juízo seria o mais apropriado para a realidade.

O país precisa de um plano, um congresso, um poder judiciário e um povo para realiza-lo. O presidente apenas o seguirá.

Assisti, no Brasil, a nove conferências do pensador francês Alain Badiou. Depois que ele terminou a última, aproximei-me dele e fiz uma pergunta que havia formulado. Uma pergunta que nem me lembro de mais qual, sei que era um enrosco.

Ele, no alto de sua altura e de sua privilegiada inteligência, respondeu até com  certo desdém.

- “Meu caro, a vida apresenta-se travestida de complexidade, mas continua simples”.

Pois é.


Até breve.

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