Hoje,
pela manhã, tive uma ideia. É raro, mas, ás vezes, acontece.
Se
acolhessem minhas ideias, ainda que raras e rasas, não estaríamos aqui.
Estaríamos em outro lugar, estou certo.
A
ideia é a seguinte, até que eu tenha outra que, igualmente, não será acatada.
Cada
candidato à Presidência da República teria que, uma vez aprovada à sua
candidatura, das 21:00h às 22:00h, em cadeia nacional de TV, diante do
Congresso Nacional presidido pelo presidente do STF, apresentar a sua visão dos
principais desafios colocados ao país no momento e os planos e meios para a
superação dos mesmos.
Ao
longo da campanha à Presidência o candidato poderia fazer ajustes que, sobre
seu juízo se fizessem necessários, mas no dia 31 de dezembro o candidato eleito
teria que apresentar novamente ao Congresso Nacional presidido pelo presidente
do STF sua versão final de seu programa de governo.
Esta
apresentação serviria no futuro como elemento fundamental para o acompanhamento
do governo, cabendo ao presidente eleito a responsabilidade de prestar contas,
durante o mandato, dentro do mesmo formato quando da apresentação de seus
planos.
Assim,
as instituições centrais da governança teriam a visão objetiva e clara dos
planos, bem como toda a sociedade estaria informada e em condições de debater e
sancionar pelo voto o plano que a seu juízo seria o mais apropriado para a
realidade.
O
país precisa de um plano, um congresso, um poder judiciário e um povo para
realiza-lo. O presidente apenas o seguirá.
Assisti,
no Brasil, a nove conferências do pensador francês Alain Badiou. Depois que ele
terminou a última, aproximei-me dele e fiz uma pergunta que havia formulado. Uma
pergunta que nem me lembro de mais qual, sei que era um enrosco.
Ele,
no alto de sua altura e de sua privilegiada inteligência, respondeu até
com certo desdém.
- “Meu
caro, a vida apresenta-se travestida de complexidade, mas continua simples”.
Pois
é.
Até breve.
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