Outro dia escrevi um romance de 354
páginas de que gostei muito.
Foi assim. Eu tava meio com muito
sono, só que era de dia, então não fazia cabimento. Eu faço o quê com esse sono?
Pensei eu, cá com os meus problemas.
Já sei. Vou sonhar, mesmo que
acordado.
Foi quando sentei diante de meu
computador e desandei a digitar umas primeiras frases. Quando se dei por mim,
já era tarde da noite, meio de madrugada e eu senti que era por fome e sede e
vontade de ir ao banheiro para sólido e líquido.
Fui lá e já voltei e desgramei a
escrever sei lá com quê coerência e/ou consistência.
De repente, parei. Levantei-me de
um salto e me pus a pensar que eu era meio doido. Quem faz isso e desse jeito?
Só um tomado de espírito, psicografando.
Eu não. Nunca deixei que ninguém
montasse em mim.
Fui à cidade, paguei dois boletos.
Um da televisão a cabo e o outro não sei bem de quê, só sei que teve juros e
correção monetária. Eu costumo atrasar os pagamentos, quando tenho dinheiro.
Quando não tenho, não pago.
Liguei para a operadora para
perguntar quando que voltaria o sinal se eu já tinha pagado o boleto e que
estava em dia. Eu não me lembro do que a atendente disse, só que quando liguei
a TV tava tranquilo. Tinha voltado a funcionar toda a programação.
Assisti, na Netflix, a dois filmes:
PERFECTOS DESCONOCIDOS, espanhol, bom as pampa.
Uma comédia dramática sobre um
grupo de amigos que, em um jantar, resolvem fazer o jogo do celular sobre a
mesa. A regra é simples. Tocando o celular o dono tem que atender e dar curso à
conversa.
O que pinta só vendo o filme, que
eu tinha que escrever mais umas duzentas e tantas páginas para concluir o
romance.
Ah, o outro filme. Uma porcaria com
aquele cara que fez O PIANO. Fosse por este eu devia de não ter pagado o
boleto.
Depois, fui dormir.
Será que alguém acreditou nessa
conversa?
ATÉ BREVE.
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