A corrupção é crime hediondo.
Não há nenhum crime, por mais
cruel, que se assemelhe, em gravidade e extensão de dano, ao crime praticado
pelo corruptor mancomunado com o corrupto.
A corrupção alcança destruição
visceral e secular na economia, na política, na cultura e, sobretudo, na Ética
de um povo.
A corrupção esfacela os projetos da
sociedade elaborados em benefício do desenvolvimento do município, do estado e
da federação, inviabilizando investimentos cruciais à segurança, saúde e
educação dos cidadãos, além de infraestrutura, ciência e tecnologia e tantos
outros indispensáveis ao presente e ao futuro do país.
A corrupção destrói a essência da
democracia, que não é outra senão o anseio de cada cidadão em se fazer
representar dignamente nas diversas instituições que governam e garantem o
Estado de Direito.
A corrupção macula profundamente a
cultura cívica de um povo, especialmente no nosso caso, pela nossa fragilidade,
nossa ingenuidade e nossa ignorância secular de corações e mentes.
A corrupção é um crime hediondo e
como tal deve ser tratado.
É um câncer e como tal deve ser
enfrentado. Erradicá-lo é nossa maior prioridade e como tal deve ser gerida.
Penso que devemos voltar aos nossos
primórdios feudais: aos criminosos hediondos a exposição pública.
Entendo que precisamos tirar uma
lição definitiva do nosso martírio atual e adotar medidas exemplares
reparadoras e de efeito duradouro e transformador.
Sou de opinião que devemos
distinguir o criminoso corruptor e o corrupto, reservando a eles penitenciária
específica e simbólica.
Devemos dar a magnitude do crime a
sua exposição. O que me ocorre, portanto, é: com os recursos auferidos pela
recuperação do produto dos crimes praticados (R$bilhões) seriam construídas
penitenciárias em área central da federação, de cada estado e cada município
para onde deveriam ser dirigidos os criminosos apenados.
Imagino, na área central de
Brasília, a edificação explícita e simbólica do destino que a sociedade
reservará àqueles que vilipendiaram a federação.
Imagino, próximo ao centro cívico
de cada estado, a edificação explícita e simbólica do destino que a sociedade
reservará àqueles que vilipendiaram ao estado e/ou sua capital.
Imagino, em cada cidade deste país,
a edificação explícita e simbólica do que a sociedade reservará àqueles que
vilipendiaram o seu município.
Que seja fixanda na fachada, uma
placa, idealmente em neon com letras garrafais: “AQUI RESIDEM TRAIDORES DO PAÍS”.
Para que, ao passar, inúmeras vezes
por este maldito lugar, jamais nos esqueçamos do que fomos capazes de fazer de
nossa história.
Ao final de décadas, quando queira
Deus, não se fizer mais necessária nenhuma destas edificações, elas seriam
demolidas e, no seu lugar, construiríamos jardins eternos de flores e fontes de
água cristalina.
Até breve.
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