Ontem, pela manhã, cruzei com Nelson. Nelson Cruz, laureado
com Jabuti e que concorre novamente pela sexta vez ao prêmio. Conversa de
minutos, mas dentro dela, sobre o processo criativo.
Nelson lembrou-se de uma entrevista de Fernando Sabino sobre
o tema. O repórter havia perguntado à Sabino como ele produzia seus textos.
- Simples, eu coloco uma folha de papel na máquina de
escrever e... Corto os pulsos.
Na sexta-feira no Som do Vinil do Canal Brasil, com o
titânico Charles Gavin, Adriana Calcanhoto a propósito da obra de Lupicínio
Rodrigues. Lupe, como era chamado,
compôs músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por
um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se
refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede
um uísque duplo, e chora pela perda da pessoa amada. Constantemente abandonado
pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas
canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos.
Adriana disse que certa vez Caetano foi convidado a ouvir
Lupicínio em grupo seleto de amigos do músico. Caetano sentou-se ao lado da
esposa de Lupe. Na terceira ou quarta música, Caetano teria sido cutucado pela
esposa do compositor e ouvido dela: “É tudo mentira!”.
Gavin, deixou uma pergunta no ar: “O que foi feito do amor?”.
Na sexta, ainda, assisti a Juventudes Roubadas, baseado na
vida e obra da escritora inglesa Vera Brittain. Filme do diretor James Kent narra a trajetória de
Vera que, contra a vontade do pai, consegue uma vaga na Universidade de Oxford.
Mas não demora até que a Primeira Guerra Mundial mude seus planos.
O roteiro versa sobre os descaminhos do amor de Vera ao
irmão, ao amigo e ao noivo durante a Primeira Guerra Mundial. Os relatos da
escritora são considerados os mais fiéis a respeito do conflito.
No sábado, fomos tomar café na cafeteria da filha de uma
amiga nossa. Thaís é uma belezura de trinta e poucos anos e lá, papo vai papo
vem, perguntei sobre relacionamentos.
- Efêmeros e descartáveis... Pessoas são como celulares,
usa-se e descarta-se caso não esteja atendendo às expectativas. Não há vínculos,
compromissos, propósitos...
À noite do sábado, assisti à Queda Livre. A história do filme é centrada em Marc policial à espera do filho
que sua namorada carrega. O que Marc não poderia imaginar era que sua convivência com o policial Kay se tornaria muito mais
intensa e íntima, fazendo com que os dois se envolvessem em um
relacionamento. Marc precisa,
então, fazer uma escolha entre o homem com quem vivencia uma experiência nova e
a mulher que espera um filho seu.
Final de semana rico para pensar. O amor...
Noninha, em uma manhã dessas, colheu uma flor no jardim do
prédio onde mora.
Pediu à Josi um copo com água e depois colocou debaixo do abajur que fica em um dos criados ao lado da cama da mãe. Acendeu o abajur.
À tardinha, quando voltou da escola, Noninha retirou de lá e levou para seu quarto e, ao lado, colocou uma lanterna. Acesa.
Até breve.
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