Muito bem, vamolá.
Toda vez que me deparo com o cursor
do meu lap piscando me dá paura. Medo bravo de dizer asneiras que, se
encontrarem algum sentido, só será nos posmente. Nunca de estalo, ao final do
ponto, quando me ocorre o bordão Até breve.
Sobrou um tempo na lida e eu me
debrucei sobre teclado. No final de semana me abordaram perguntando: “E o blog?”. Para uns respondi - pois é
- e para outros, que tá minguando.
Acho que por estar próximo de
atingir mil posts, como se fosse um a cada toda semana durante dezoito anos e
meio ininterruptos. Pensa que é mole? Haja verbohorror.
Principalmente agora que brochei
para a puslítica. E da Política surge pouco onde investigo. A intelectualidade
brasileira está em frangalhos, não tenho tido acesso a nenhuma produção que
mereça respeito.
Pronto, falei!
Quando posso tô curtindo House of
Cards. Dá para viajar grande na extraordinária composição dos personagens
centrais e tirar reflexões agudas sobre o caráter da figura humana no mundo
contemporâneo.
Deixa eu avançar um pouco mais na
sequência da série que eu volto nesse assunto.
Cinema, o último foi Aquarius.
Coitado do filme, conseguem destruir o belíssimo trabalho com vinculações
menores tipo aqueles cartazetes em Cannes. O próprio diretor acaba contribuindo
um pouco para denegrir a importância e oportunidade da obra.
Aquarius é um filme obrigatório
para todo brasileiro que tem hoje mais de quarenta anos de idade. Se fizer uma
funda avaliação de posicionamento geracional compreenderá o fosso em que nos
lançamos.
Netos, bom, aí mexeu comigo.
Tin tá eu escrito, pisciano igual
ao avô, puta humor e de uma escolha pela solidão visível. Ele prefere a sua
própria companhia. É só ver ele no pula-pula. Embolou, ele pula fora. Vai se
arriscar para quê?
Antônio, por força da educação que
vem recebendo, é um lorde moleque. Divide tudo com todos, obedece, compreende
de primeira, autonomia pura e em tudo.
Liz, eu quero e eu não quero.
Ponto. Mesmo que tenha que ir às últimas consequências. Pretinha, vai acabar
tendo que capitular de vez. Noninha, leonina da gema, vai dar um trabalho
enorme. Quero pagar a língua: minha primeira netinha vai ser feliz, à maneira
dela. Sem concessões. Eu quero e eu não quero. Ponto.
Helena, lindíssima. Apenas.
Sexta-feira agora ela completa cinco meses aí tem almoço especial na casa do
Vlad. Beth, a sogra, vai. O serviço é bem melhor.
Cê vê que para chegar a mil posts
tá valendo qualquer lorota.
Melhor ler os jornais, pelo menos
eles têm fotos.
Até breve.