Acho tudo balela. Essa história de
que fiz o meu máximo. Superei meus temores, meus fantasmas. Domei meus grilos.
Embromation, crystal.
No vamovê a pessoinha é aquela
mesma ali e, mesmo que tenha até aparentado, no realzão, bronhas.
Ninguém é mais ou menos que a
história, e ela, a História, acaba porque muito pouco sobra. Afinal já lá se
vão mais de milhares de anos de excepcionalidades temporais. E, delas, nem
registro.
Para quem tá aqui no suposto
presente, até se alarde, mas nada que um ou dois meses não encubra. Até porque
são tantos os novos exemplares célebres que nada permanece.
Tudo é desnecessário e efêmero.
Parece mesmo, como querem alguns
iluminados e respeitados cientistas, que estamos “evoluindo” à máquina, isto é,
em breve seremos “coisa”.
Os sentimentos, por exemplo, como
têm se alterado de uns tempos para cá. Seus efeitos, então, nem me fale. Nada
que comova, implica.
Veja as inúmeras guerras em curso,
os desastres naturais e os desnaturais, os crimes mais do que hediondos
desalmalizados, veja a seara política aqui como lá, veja a música, a
literatura, o cinema, as artes.
Veja os motivos, os sonhos, a
utopia.
A Ética.
Há no oitavo episódio da série da
Netflix, House of Cards, uma cena que me deu esse incômodo. O protagonista,
Deputado Frank Underwood, discursa na solenidade em que o prédio da biblioteca
da faculdade em que ele se formou passa a receber o seu nome.
“Nada é permanente, nem mesmo este prédio.
Harmonia, essa é a palavra que não sai de minha cabeça.
Não se trata do que é duradouro ou permanente. Trata-se de vozes
individuais unindo-se em uníssono por um momento.
E aquele momento tem a duração de um fôlego.
É isso que penso de meus tempos aqui.”
Informo àqueles que não acompanham
a série de que Frank é a melhor expressão do político facínora.
Pois é.
Até breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário