quinta-feira, 7 de julho de 2016

TUMOR



Por outras razões subjacentes fiz um intervalo mais longo entre uma opinião e outra. Afora aquelas decorrentes da convalescênça ardente, há ainda certo enfado. Ou muito.

O Brasil é um antro. Habitação lôbrega, casa ou lugar de perdição e vícios. Para agravar, olhado em perspectiva, o Império é hillayriante e trumpesco. Aqui quanto lá, horrores. Como se não bastasse ainda britânias eclodem e sírias - tantas - permanecem. Sessenta e cinco milhões, walking dead, perambulam sem pátria.

O terror não é mero islã, estado deformado.

Em Desertland, uma mera ficção analógica e igualmente lúgubre, há meses – quase ano – o processo reveste-se de episódio simbólico de um sanatório geral a moda de marilenas que chauiem.

Nenhuma teoria ou ciência dá conta de tamanha bandalha. Mesmo guardando as estratégias mais do que perversas entre os grupos que se articulam não é possível crer em qualquer expediente moderador.

Não há entre os contendores nenhum puro. Todos, indiscriminadamente todos, pustulam. O organismo institucional é uma metástase que cotidianamente vaza. E, a cada vez, com maior carnicão.

Seguramente nunca estivemos tão distantes de um desfecho que possa sugerir superação. Qualquer resultado das pendências jurídicas em curso é aterrorizante. Ninguém será condenado sem condenar a tantos outros. Inclusive aos próprios juízes.

Não há nenhum puro. Musas históricas se atiram a murros em hotel da big aple para locupletar-se. Verbo de segunda sílaba mais do que inoportuna. As feminolóides vão me execrar, por isto.

Lilás está aqui outro estupor. Bandeiras desfraldadas em teses de direito em defesa de minorias banalizantes. Mera evidência da pústula social.

Pirei?

Não de hoje, sem dúvida. Só que com mais hermetismo pascoal, sonoridade linguística e profundidade que para poucos, mergulham. Longe de rapidezas leituras dos amigos feicebucanos.

Não é um post.

Quer ser um sumário de tratado, fosse acadêmico, de tese. Mas não é dali que eclodirão saídas. O escolar não fundamenta, antes pelo contrário. Compactua, com seus intestinais transtornos.

Ora, de novo, o que me resta então, madrugada adentro? Refluxo estomacal que fere a garganta de não ter o quê e porque dizer, uma angústia paralisante de desacordar para fazer registro temporal.

Hoje como hoje minha tensão é de não concluir, de não fechar, para não se configurar como mera denúncia vazia. Denúncia vazia é a retomada do imóvel pelo locador, sem necessidade de justificativa, após o término do prazo de locação inicialmente fixado em contrato.

Devolvam-me o meu mundo. O que farei sem a minha morada?



Até breve.

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