Somos acionistas de uma empresa
chamada Brasil S/A cujo resultado esperado se traduz em saúde, educação,
segurança, mobilidade, cultura, esporte, ecologia e otimização dos recursos
naturais renováveis e fósseis, entre outros.
Nossas operações correntes demandam
aporte de capital sistemático, na origem da demanda, no processamento e/ou na
entrega do serviço. À preço de hoje o colégio total de acionistas do Brasil S/A
investe 41,66% de seus recursos integralmente em uma estrutura e governança
para a geração daqueles resultados.
Há décadas, para não dizer desde
sempre, fomos - enquanto acionistas - omissos, relapsos ou, pior, incapazes de
fazer valer nossos propósitos e/ou fomos corresponsáveis por gestões temerárias
e/ou fraudulentas.
As últimas gestões passaram dos
limites. Além da incompetência da gestão, nossos investimentos foram para o
ralo via desvios de finalidade e enriquecimento ilícito de alguns dos nossos
administradores e/ou delegados nas Assembleias de Acionistas.
Fôssemos contratar uma consultoria
provavelmente, pós-diagnóstico breve, ela nos indicaria uma revisão drástica na
modelagem de nossa estrutura e no conjunto de normas e procedimentos que
determinariam como os diferentes órgãos dessa estrutura deveriam funcionar para
a melhor performance e obtenção dos resultados desejados.
Seguramente, posso afirmar, a
consultoria recomendaria uma revisão profunda nos quesitos e no processo de
avaliação tanto dos administradores quando dos formuladores das diretrizes e
políticas de administração da Brasil S/A.
Os acionistas já estão cansados de
saber do diagnóstico, já há indicações da terapêutica a ser seguida, resta
saber o que farão os acionistas para mudarem este estado de coisas.
Há vinte e seis anos, como
consultor, padeço da angústia de recomendar a clientes em situação semelhante à
do Brasil S/A e os vejo negligenciarem, procrastinarem ou mesmo questionarem as
medidas mais do que óbvias que são recomendadas.
Desta experiência fico com uma
máxima: “Os organizações não conseguem
ser melhores que seus líderes.”.
Traduzindo: CONSTITUINTE JÁ e, em
seguida, ELEIÇÕES GERAIS para todos os postos do Legislativo e do Executivo nas
instâncias Federal, Estadual e Municipal. A Constituinte seria formada por
pessoas de reputação e conduta ilibada e teria como objeto restrito a reforma
político partidária e prazo estipulado para conclusão dos trabalhos. Na
sequência ELEIÇÕES GERAIS para todos os postos do Legislativo e Executivo.
Sei que, como com alguns clientes,
esta recomendação não será seguida. Para alguns tenho parodiado a propaganda: “O Ministério da Saúde adverte, fumar dá
câncer.” E para outros, mais graves, tenho dito o que ouvi de um amigo
médico brilhante: “Quando o desejo é de
morte, nada pode salvar o paciente.”.
Até breve.
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