Estou recompensado.
Depois de mais de novecentos posts
publicados aqui no dasletra recebi um
incentivo a prosseguir. Mais do que contundente. São manifestações como o
comentário postado por sei lá quem no feicebuc que me dão estímulo a
prosseguir.
Meu único compromisso com a escrita
é comigo e meus demônios, especialmente os intelectuais, sem a menor pretensão
de fazer causa ao outro, inclusive, ou sobretudo, aos mais próximos.
Noninha, Valentin ou Antônio que
trago aqui, não são as pessoas reais que emergem do meu núcleo familiar. Eles são,
aqui, figuras simbólicas que, quando os convoco, representam uma esperança
utópica que mobiliza os desesperados.
Meus netos são minha metáfora.
Assim e da mesma forma com os
filmes, as peças de teatro, a música, a literatura, a poesia, o ensaio, a
pesquisa, que surgem como veios por onde percorro a minha inquietação. Longe de
eu fazer juízo qualitativo de qualquer arte.
Meu tesão se rompe em outro lugar.
Longe de mim a tensão intelectual,
ainda que possa ser entendido que desta lavra que surge o texto. Talvez eu
tenha mesmo um dia sonhado ser um escritor, porque eu estava
mais focado no ato do que no propósito.
Hoje, compreendo que não.
Quando me imiscuo no olhar da
Política trazendo os personagens da história real, estou pouco me lixando para
quanto de exatidão tem minhas supostas análises de cenários.
O que significa dizer que estou sozinho,
irremediavelmente sozinho com o meu texto, daí a razão pela qual, muitas vezes,
demoro a compreender o que exatamente me ocorreu para compô-lo.
Vale dizer, então, que você aí que se
dispõe a ocupar-se com “estas mal traçadas linhas” deve procurar nele algo que
lhe faça sentido. E jamais será aquele que a mim remeteu.
E basta.
Inscrever-me no vazio da
virtualidade é meu gesto revolucionário. Desnudar-me por inteiro, através de
minhas letras, é para morrer um dia vestido de significados. A existência não
pode ser reduzida apenas às questiúnculas da vida cotidiana.
E se quiserem saber, isto é difícil
prá c..., melhor, é extremamente difícil.
Daí a importância que dou ao
comentário postado no feicebuc: “Acessei
o seu blog... É ruim demais!”.
Até breve.
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