Duas ou três coisas para comentar
depois destes dias emudecido aqui e nas redes sociais.
Liz (Noninha) cresce a olhos vistos
e, a cada dia, dizendo a que veio. Tin (Valentin) dando sinais de que fará algo
diferenciado com a bola nos pés. Sem exageros, o garoto tem senso de craque.
Antônio, ele não fita a ninguém diretamente, procura sozinho o que lhe
interessa. Autonomia pura.
Helena cresce no útero. A dois
meses de vir à luz, seu fêmur já mede seis centímetros e o ultrassom mostra,
também, fios sobre o couro cabeludo.
Sempre achei que a parte do filme
que eu curtiria mais seria quando eu fosse coadjuvante de meus netos. No real é
extraordinariamente mais difícil desempenhar o papel do que quando os
projetava.
Quanto ao interesse pelo que se
passa no campo da Política Institucional brochei. Estou como Tom Jobin quando
consultado sobre a saída para a música brasileira. Jobin teria respondido: o
aeroporto. A repórter insistiu esperando que ele desse uma resposta
estimuladora e ele: o aeroporto. Mais uma vez a repórter pede que ele “melhore
a resposta”. Jobin meneia o corpo de um lado para o outro, abre os braços e os
move alternadamente para cima e para baixo simulando um avião.
Acho que o Galeão recebeu o nome do
Iluminado por isto.
A saída para a Política
Institucional, assim como para a cultura, e outras mazelas, é o aeroporto.
Recebi hoje, via WhatsApp, uma mensagem provocativa: uma amiga dizendo que
pensa seriamente em ir morar fora. Não porque seja naturalmente melhor, mas
porque isto aqui chegou ao limite do sustentável.
Se bem que vem de lá de fora a dor
do dia: a demolição do acampamento de refugiados em Calais, na França. As
vítimas estarão sendo transferidas para um Centro de Acolhimento Provisório,
estrutura cercada e monitorada por seguranças.
Claro que há dramas maiores do que
pode imaginar a nossa mais profunda alienação e, por consequência, omissão.
Sobre Oscar? Ah, sim. Excelente
jogador brasileiro de basquete.
Um último comentário é que completei
64 no sábado. Fiz questão de passar a data apenas com minha família: Ela,
filhos, genro e noras e, especialmente, com os meus netos. Claro que recebi,
através de diferentes meios de comunicação, votos - inclusive de felicidade,
saúde e sucesso - de muitos amigos e parentes.
Hoje, zapeei o feicebuque e curti
contribuição de um “amigo”. Escreveu ele: “Acredito
que, se bem escolhidos, dez ou doze romances podem dar conta de tudo que
realmente importa na trajetória do homem no planeta”.
Postei um comentário na página do
“amigo”: “O romance da trajetória do
homem no planeta ainda está para ser escrito, e cabe em uma pedra de 50x50 cm.
É sua lápide. A grande maioria nem lápide terão quiçá romances”.
Apenas para que meus poucos
leitores saibam por onde ando.
Até breve.
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