Emudeci.
As palavras não me acometem pela
chegada de algo que chamamos de novo. Viramos a página, trocamos de agenda, a
folhinha na parede ou aquela minúscula fixada por imã na geladeira registram o
mesmo.
Um dia a mais este ano. Como
acontece de quatro em quatro.
Aliás, entramos mesmo de quatro. Dólar
flutuando neste patamar, sinalizando a performance histórica extraída por treze
feriados em meios de semana para dois mil e dezesseis. Ano passado, agora
contabilizamos, exportações 24% a menor e importações 14% também.
Sabe de quem é a culpa: da China
que reduz sua atividade econômica. Nunca será pela nossa inatividade, ou pela
nossa atividade ineficaz, ineficiente, improdutiva, inconsequente, indecente,
enfim pela nossa incapacidade.
Também do lado de lá a folhinha não
começa com novo.
Conflitos de terra nos USA armam fazendeiros
de olhos azuis, roupas de grife, musculosos, articulados e armados até os
dentes reivindicando do Estado Americano o direito a conquistas de terras para
a extração de recursos naturais. Reforma agrária das boas, só não sei se lá tem
INCRA.
Obama lança legislação para que os
comerciantes de armas averiguem a vida pregressa de seus clientes antes de lhes
venderem armas. Poderiam pegar nossa experiência e implantarem lá a Folha
Corrida. Aqui ela foi abolida, há uns trinta anos, pelo programa de
desburocratização do Ministro Hélio Beltrão.
Identificado o integrante do
Exército Islâmico que durante a semana passada fez ameaças ao Reino Unido. É um
cidadão inglês, de trinta e dois anos que imigrou com esposa e quatro filhos.
Identificado também o garotinho
que, por vídeos virais, faz propaganda para ingresso de jovens nas fileiras do
exército sanguinário. Ele é negro, mas inglês, que imigrou com sua mãe para o
front do terror.
As lamas daqui também permanecem.
Pelo recesso, os gangsteres tramam acobertados em seus covis.
Afora o natal dos vitimados com
suas alegrias humildes de seus frangos e perus, restos de farofas, brinquedos
de R$9,90 lançados nos terreiros do descaso. A lama fétida ainda encobre os
impunes. Notícias não dão nenhuma manchete que sinalize algo.
Na virada além dos shows tenebrosos
de pretensos artistas que não transmitem nenhum recado mais expressivo,
acidentes automobilísticos nas mesmas estradas assassinas. Nem as estatísticas
denotam trechos novos onde ocorre o maior número de vítimas fatais.
Em feverê tem carná.
Enfim, entra ano e sai ano o novo
não vem.
E sabe o que mais, nem eu. Continuo
o mesmo.
Chato.
Até breve.
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